Guia de competências profissionais para sua carreira

Guia de competências profissionais para sua carreira
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Jul 17, 2025 07:47 AM
Sabe quando a gente fala que um profissional é "completo"?O que realmente separa um profissional mediano de um profissional de destaque são as competências profissionais. Mas o que isso significa na prática?
Pense nisso como uma caixa de ferramentas para a sua carreira. Dentro dela, você tem tanto as ferramentas técnicas (as hard skills), como saber operar um software específico, quanto a habilidade e a "mão" para usá-las da melhor forma (as soft skills). É a combinação perfeita entre ter a ferramenta certa e saber como manejá-la que constrói um perfil realmente valioso no mercado.

Entendendo a fundo o que são competências profissionais

Vamos continuar com a analogia da caixa de ferramentas, que funciona muito bem aqui. Ter as ferramentas mais modernas e caras (seu conhecimento técnico, seus diplomas) é um excelente ponto de partida. Não há dúvidas disso.
Contudo, de que adianta ter um martelo de última geração se você não tem o "tato" para pregar um quadro sem estragar a parede? Ou a criatividade para usar uma chave de fenda de um jeito que ninguém pensou antes para resolver um problema?
É exatamente aí que entram as competências comportamentais. Elas são o como você aplica o que sabe. Envolvem sua capacidade de se comunicar com a equipe para construir um projeto, sua resiliência para não desistir quando algo dá errado e sua inteligência emocional para lidar com a pressão do dia a dia.

A combinação que gera valor de verdade

O mercado de trabalho atual não está mais procurando apenas especialistas em uma única ferramenta. As empresas buscam profissionais que sabem abrir a caixa, olhar para o desafio e combinar diferentes recursos para entregar um resultado concreto.
É essa união poderosa do saber técnico com o saber comportamental que transforma alguém bom em uma peça indispensável para qualquer time.
A percepção sobre a importância de desenvolver essas habilidades está crescendo. Uma pesquisa recente sobre as metas de carreira dos brasileiros mostrou que o desenvolvimento de competências profissionais já é a quarta maior prioridade para as pessoas, evidenciando como a qualificação se tornou urgente.
Essa busca não é por acaso. Ela é uma resposta direta às novas exigências do mercado, que pede cada vez mais profissionais com boa comunicação, pensamento estratégico e, claro, um bom domínio das ferramentas digitais.
Um profissional completo não é aquele que sabe tudo, mas sim aquele que sabe combinar suas melhores habilidades técnicas com a inteligência emocional e a adaptabilidade para aprender, desaprender e reaprender sempre que for preciso.
Para organizar melhor essas ideias, vamos detalhar os dois grandes grupos de competências.

Os 2 pilares das competências profissionais

Para facilitar a visualização, o infográfico abaixo mostra como as competências se dividem e se complementam.
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O diagrama deixa claro: as competências são um ecossistema. De um lado, temos o pilar técnico, que é a base. Do outro, o pilar comportamental, que dá vida a essa base. E, hoje em dia, as competências digitais permeiam e fortalecem ambos os lados. Um profissional de ponta precisa transitar bem por todas essas áreas para realmente se destacar.

Decifrando as hard skills que abrem portas

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As hard skills são, sem rodeios, as suas credenciais técnicas. Elas são o "saber o quê" e o "saber como" da sua profissão — aquelas habilidades bem específicas e mensuráveis que você adquire em cursos, certificações e, o mais importante, no dia a dia do trabalho.
Imagine que você está construindo um prédio. As hard skills são a fundação: o concreto, o aço e todo o conhecimento de engenharia. Sem essa base sólida, qualquer estrutura, por mais bonita que seja por fora (aí entram as soft skills), corre o risco de vir abaixo. Essas competências são a prova de que você tem a capacidade técnica para entregar o que a vaga pede.
O bom delas é que são fáceis de identificar e comprovar. Um diploma, um certificado, um portfólio recheado de projetos ou um teste prático durante a seleção são maneiras diretas de mostrar que você domina o assunto.

Exemplos práticos de hard skills

Para deixar tudo mais claro, vamos ver como essas competências aparecem em diferentes áreas. O ponto em comum? Elas são sempre específicas e ligadas diretamente à execução de uma tarefa.
  • Para um profissional de Marketing Digital: Saber gerenciar campanhas no Google Ads, dominar as técnicas de SEO para blogs, analisar métricas no Google Analytics ou configurar automações em ferramentas como a RD Station.
  • Para um desenvolvedor de Software: Programar com fluidez em linguagens como Python, Java ou JavaScript, entender de bancos de dados (sejam SQL ou NoSQL) e ter experiência prática com metodologias ágeis, como o Scrum.
  • Para um analista Financeiro: Montar modelos financeiros complexos no Excel, saber analisar um balanço patrimonial, fazer o valuation de empresas e ter familiaridade com sistemas de gestão (ERPs).
Esses exemplos mostram bem que as hard skills são o esqueleto de qualquer profissão. É por causa delas que você é chamado para a entrevista e consegue começar a gerar resultados.
Em um mundo movido por dados e tecnologia, dominar ferramentas específicas e analisar informações de forma objetiva não é mais um diferencial. Na verdade, é o ponto de partida para construir qualquer carreira de sucesso.

O desafio constante da obsolescência

Agora, um ponto crítico: a vida útil de uma hard skill está cada vez mais curta. Aquele conhecimento técnico que era o ouro do mercado cinco anos atrás, hoje pode ser considerado básico ou, pior, obsoleto. A velocidade com que a tecnologia avança impõe um desafio e tanto para todo mundo.
Uma linguagem de programação pode ser superada por outra mais eficiente, uma ferramenta de marketing pode ser engolida por uma plataforma nova com IA, e uma nova regulamentação financeira pode virar o jogo completamente. Nesse cenário, o aprendizado contínuo (lifelong learning) deixou de ser uma opção e virou uma necessidade.
O profissional que cruza os braços e para de atualizar seu arsenal técnico corre um sério risco de se tornar irrelevante. Por isso, a busca por novas competências profissionais técnicas não é só para garantir uma promoção, mas para se manter vivo e competitivo no mercado. Manter suas hard skills em dia é como afinar um instrumento: sem cuidado constante, ele simplesmente para de tocar a música certa.

As soft skills que realmente definem uma carreira de sucesso

Se as hard skills te colocam na sala de entrevista, são as soft skills que garantem a vaga e, mais importante, seu crescimento lá dentro. Elas são o “como” você usa todo o seu conhecimento técnico no dia a dia. Pense assim: suas hard skills são os programas no seu computador, mas as soft skills são o sistema operacional que faz tudo rodar de forma integrada e sem travar.
Um certificado comprova seu conhecimento técnico, mas as competências comportamentais só aparecem na prática. Elas se mostram na forma como você reage a um feedback inesperado, colabora em um projeto de alta pressão ou se vira quando os planos mudam de uma hora para a outra.
Recrutadores e gestores são unânimes: a qualificação técnica de um candidato é o ponto de partida, mas são as soft skills que indicam se ele será um profissional de sucesso na empresa, alguém capaz de crescer e, eventualmente, liderar.

Indo além dos clichês do mercado

Falar em "comunicação" ou "trabalho em equipe" virou quase um jargão. É fácil listar essas palavras no currículo, mas o verdadeiro valor delas aparece em situações reais, quando uma habilidade abstrata se transforma em uma ação concreta que gera resultado.
Para ficar mais claro, vamos ver cenários práticos onde as soft skills fazem toda a diferença:
  • Comunicação assertiva na prática: Imagine receber um feedback duro sobre um projeto que você se dedicou. Alguém com comunicação reativa pode ficar na defensiva, tentando justificar os erros. Já o profissional com comunicação assertiva ouve com atenção, faz perguntas para entender a fundo a crítica e a usa para montar um plano de ação. É a diferença entre estagnar e evoluir.
  • Resolução de problemas complexos: Uma crise surge do nada, como a perda de um cliente importante. Um profissional focado apenas no técnico talvez liste os problemas óbvios. Aquele com forte capacidade de resolver problemas vai além: reúne a equipe, mergulha nos dados para achar a causa raiz, propõe soluções criativas e lidera a implementação de uma nova estratégia. A crise vira uma oportunidade.

As soft skills que constroem líderes

Algumas competências são a base para quem quer ir além, assumindo posições de liderança e causando mais impacto. Elas são fundamentais para influenciar pessoas, guiar equipes e tomar decisões que movem a empresa para frente.
Vamos detalhar algumas das mais cruciais e como elas aparecem no ambiente de trabalho:
  • Inteligência Emocional: É a habilidade de entender e gerenciar suas próprias emoções, ao mesmo tempo em que reconhece as dos outros. Um líder com alta inteligência emocional sabe dar um feedback difícil com empatia, mantém a calma sob pressão e cria um ambiente de trabalho seguro, onde todos se sentem à vontade para contribuir e inovar.
  • Adaptabilidade e Flexibilidade: O mercado muda, projetos são cancelados e tecnologias evoluem sem parar. Profissionais adaptáveis não apenas sobrevivem a essas mudanças, como prosperam nelas. Eles encaram um novo software não como uma ameaça, mas como uma ferramenta a ser dominada. Uma mudança de rota não é um problema, mas um novo desafio a ser vencido.
  • Pensamento Crítico: Esta é a capacidade de analisar informações de forma objetiva, questionar o "status quo" e identificar as melhores soluções, em vez de apenas seguir ordens. Um profissional com pensamento crítico não aceita um "sempre foi feito assim". Ele pergunta "por quê?" e busca formas mais inteligentes e eficientes de alcançar os objetivos.
Investir no desenvolvimento dessas competências profissionais é um investimento direto na sua relevância a longo prazo. As ferramentas e tecnologias que usamos hoje podem se tornar obsoletas em poucos anos, mas a capacidade de se comunicar, pensar criticamente e se adaptar será sempre o diferencial que constrói carreiras sólidas e líderes de verdade.

As competências mais desejadas pelo mercado brasileiro

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Saber quais competências profissionais estão em alta é como ter um mapa do tesouro para quem quer se destacar no mercado de trabalho. Essa lista não é estática, mas sim um reflexo direto das transformações que a economia e, principalmente, a tecnologia vêm impondo às empresas aqui no Brasil.
O recado é claro: as organizações não buscam mais apenas "executores de tarefas". Elas precisam de gente que pensa, se adapta e ajuda a inovar. Isso significa que a busca por profissionais que equilibram habilidades técnicas e comportamentais nunca foi tão grande.

A ascensão das competências digitais e estratégicas

A verdade é que a digitalização deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar o básico. Por causa disso, ter competências ligadas à tecnologia e análise de dados virou pré-requisito para muitas vagas, inclusive para aquelas que não são da área de TI.
Ao mesmo tempo, com o mercado tão instável, a capacidade de pensar de forma estratégica virou questão de sobrevivência. As empresas valorizam quem consegue conectar o trabalho do dia a dia com os grandes objetivos do negócio, entendendo o impacto de cada pequena ação.
Uma análise recente do LinkedIn sobre as habilidades mais procuradas no Brasil confirma exatamente essa mistura. A pesquisa aponta para a crescente importância da adaptação, com um foco pesado em Inteligência Artificial (IA), comunicação e visão de negócios. O estudo ainda projeta que, até 2030, cerca de 70% das competências que as empresas vão exigir serão completamente novas. Isso só reforça uma coisa: ou você aprende o tempo todo, ou fica para trás. Se quiser se aprofundar, vale a pena ler a análise completa sobre as habilidades em alta.

O equilíbrio perfeito entre o técnico e o humano

Embora as hard skills, como análise de dados ou cibersegurança, sejam a chave que abre a porta de muitas oportunidades, são as soft skills que garantem que você vai continuar lá dentro e crescer. A habilidade de liderar times de forma flexível, se comunicar com clareza e resolver problemas cabeludos é o que separa um bom técnico de um profissional realmente fora da curva.
A tal "visão de negócio", por exemplo, não é mais uma competência exclusiva da diretoria. Hoje, o mercado espera que até um analista júnior entenda como o trabalho dele impacta a receita da empresa ou a felicidade do cliente.
Em um mercado volátil, a competência mais valiosa é a capacidade de combinar conhecimento técnico com inteligência emocional. É saber usar dados para tomar decisões e, ao mesmo tempo, saber comunicar essas decisões de forma que inspire e mobilize a equipe.
Para te ajudar a visualizar melhor essa divisão, montamos uma tabela comparando as competências técnicas e comportamentais que estão bombando no Brasil.

Competências em Alta no Brasil

A tabela a seguir mostra um comparativo claro entre as hard skills e soft skills mais valorizadas hoje. Observe como, para cada demanda técnica, existe uma habilidade humana que a complementa e potencializa.
Competência Técnica (Hard Skill)
Competência Comportamental (Soft Skill)
Inteligência Artificial e Machine Learning
Liderança adaptativa e situacional
Análise de Dados e Business Intelligence
Comunicação estratégica e persuasiva
Cibersegurança e proteção de dados
Resolução de problemas complexos
Desenvolvimento de Software e Cloud Computing
Inteligência emocional e empatia
Gestão de Projetos Ágeis (Scrum/Kanban)
Visão de negócio e pensamento crítico
Como você pode ver, dominar IA é ótimo, mas saber liderar um projeto de IA que resolve um problema real do negócio é o que realmente gera valor. O profissional do futuro, ou melhor, do presente, é aquele que consegue navegar com tranquilidade entre esses dois mundos, o técnico e o humano.

Tirando o seu plano de desenvolvimento do papel

Saber quais competências profissionais você precisa melhorar é como escolher o destino de uma viagem. É um passo super importante, mas a aventura de verdade começa agora: planejar a rota e, de fato, pegar a estrada. Pense nesta seção como seu guia prático para transformar a boa intenção em um plano de ação real e organizado.
Sair da zona de conforto e se dedicar ao crescimento pessoal exige um roteiro claro. Sem isso, a empolgação inicial acaba se perdendo na correria do dia a dia. Vamos construir esse mapa juntos, etapa por etapa, para garantir que sua evolução seja constante e alinhada com seus sonhos de carreira.

Comece com uma autoavaliação sincera

O primeiro passo para saber aonde ir é entender exatamente onde você está. A autoavaliação funciona como um GPS interno: ela mapeia seu território profissional, mostrando tanto os picos (seus pontos fortes) quanto os vales (as áreas que precisam de mais atenção).
Seja brutalmente honesto consigo mesmo, mas sem cair na armadilha da autocrítica que não leva a lugar nenhum. O objetivo não é se julgar, mas sim coletar informações para tomar decisões mais inteligentes sobre seu futuro.
Use estas perguntas para guiar sua reflexão:
  • Pontos Fortes: Em que tipo de tarefa ou situação você se sai bem quase sem esforço? Quais competências suas costumam ser elogiadas por colegas, chefes ou professores?
  • Pontos Fracos: Onde você sente mais dificuldade ou insegurança? Que feedbacks construtivos você já recebeu sobre habilidades que poderia desenvolver?
  • Oportunidades: Quais competências, se você as desenvolvesse, poderiam abrir novas portas na sua carreira ou no seu estágio?
  • Ameaças: A falta de quais habilidades pode virar um problema para o seu crescimento lá na frente?
Esse exercício de autoconhecimento é a base de tudo. É o que garante que você vai investir seu tempo e energia naquilo que realmente vai fazer a diferença.

Defina metas claras com o método SMART

Com o mapa das suas competências em mãos, chegou a hora de definir o destino. Metas genéricas como "quero me comunicar melhor" soam bem, mas raramente saem do papel. Para transformar esses desejos em objetivos que você pode de fato alcançar, a gente usa o framework SMART.
Cada meta de desenvolvimento que você traçar precisa ser:
  • S (Específica): O que, exatamente, você quer conquistar? Em vez de "melhorar a comunicação", defina algo como "apresentar os resultados de um projeto de forma mais clara e confiante nas reuniões de equipe".
  • M (Mensurável): Como você vai saber que conseguiu? Por exemplo: "receber um feedback positivo do meu gestor sobre minhas apresentações em pelo menos duas das próximas três reuniões".
  • A (Atingível): Essa meta é realista, considerando seu tempo e recursos atuais? Querer virar um especialista em Inteligência Artificial em um mês, sem ter nenhuma base, provavelmente não é uma boa ideia.
  • R (Relevante): Por que essa meta é importante para você e sua carreira agora? Ela tem que fazer sentido dentro dos seus objetivos maiores.
  • T (Temporal): Qual é o prazo final? "Vou terminar um curso online de oratória e aplicar o que aprendi nas próximas 8 semanas".
Um objetivo sem um plano é só um desejo. O método SMART pega seus sonhos de carreira e os transforma em um plano de ação concreto, com prazos e jeitos de medir o sucesso. Isso torna o desenvolvimento algo muito mais real.

Construa seu Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é o seu roteiro de viagem personalizado. Pense nele como um documento vivo que organiza suas metas SMART e as ações práticas que você vai tomar para chegar lá. Não precisa ser nada complicado; uma tabela simples já dá conta do recado.
Olha só um exemplo de como organizar seu PDI:
Competência a Desenvolver
Meta SMART (O quê e quando?)
Ações Práticas (Como?)
Recursos Necessários
Liderança de Projetos
Liderar um pequeno projeto interno do começo ao fim nos próximos 3 meses, recebendo um feedback positivo da equipe.
1. Fazer um curso online de Gestão de Projetos Ágeis. 2. Conversar com meu gestor e pedir a chance de liderar uma iniciativa. 3. Marcar encontros com um líder de projetos mais experiente na empresa para pegar dicas.
Acesso a plataformas de cursos (Coursera, Alura), 1h por semana com o mentor.
Análise de Dados com Excel
Criar um painel automatizado para o relatório mensal do time até o fim do semestre.
1. Concluir o módulo avançado de um curso de Excel. 2. Usar o que aprendi em pequenas tarefas do dia a dia. 3. Apresentar um rascunho do painel para o gestor para pegar feedbacks.
Curso de Excel, acesso aos dados que preciso para montar o relatório.
Este plano transforma o desenvolvimento de competências profissionais em um projeto ativo e fácil de gerenciar. Ele tira suas metas do campo das ideias e as coloca direto na sua rotina.

Como o futuro do trabalho molda as competências de amanhã

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Tentar prever o futuro do trabalho pode soar como exercício de adivinhação, mas a verdade é que as pistas já estão por toda parte. As transformações que antes levavam décadas para se consolidar, hoje acontecem em meses, mudando completamente o que significa ser um profissional preparado.
Ao contrário do que muita gente pensa, a automação e a inteligência artificial (IA) não vieram para acabar com os empregos. Pense nelas como uma grande força de reorganização. Elas estão assumindo as tarefas repetitivas e burocráticas, liberando espaço para o talento humano brilhar no que faz de melhor: pensar criticamente, resolver problemas complexos e inovar.
Nesse novo cenário, a carreira deixa de ser uma linha reta e se transforma em uma jornada de adaptação constante. É aqui que dois conceitos se tornam essenciais para a sua sobrevivência e, claro, seu crescimento.

Aprimoramento e requalificação como estratégia de carreira

Para não ficar para trás, você precisa incorporar duas práticas no seu dia a dia profissional:
  • Upskilling (Aprimoramento): Imagine que é como instalar uma atualização em um aplicativo que você já domina. É o processo de aprofundar e modernizar as competências que você já tem para continuar sendo excelente na sua área. Por exemplo, um analista de marketing que aprende a usar novas ferramentas de IA para otimizar suas campanhas.
  • Reskilling (Requalificação): Aqui a mudança é mais drástica. É como instalar um sistema operacional totalmente novo no seu "computador profissional". Trata-se de adquirir um conjunto de habilidades completamente novo para migrar para outra função ou setor. Pense em um profissional de atendimento ao cliente que se requalifica para virar um analista de dados.
Essas duas estratégias deixaram de ser um diferencial; hoje, são a base de uma mentalidade de crescimento. A velocidade da mudança é impressionante. O relatório 'Future of Jobs' do Fórum Econômico Mundial estima que cerca de 39% das habilidades que os empregadores buscam hoje devem mudar até 2030. No Brasil, essa tendência já é uma realidade, com um recorde de mais de 600 mil jovens aprendizes contratados, focados em adaptação e colaboração. Você pode explorar mais sobre essa transformação na indústria 4.0.
Tudo isso nos leva àquela que talvez seja a competência mais importante de todas.

Aprender a aprender: a super competência do futuro

Se as ferramentas e os conhecimentos técnicos mudam em um piscar de olhos, a habilidade mais valiosa e duradoura que você pode cultivar é a capacidade de aprender a aprender. É ela que vai garantir sua relevância a longo prazo.
Isso significa ser genuinamente curioso, buscar conhecimento por conta própria, não ter medo de abandonar uma prática que ficou obsoleta e, acima de tudo, ver o desenvolvimento profissional como parte da rotina — não como um projeto com data para acabar.
A mensagem é clara: o profissional do futuro não é quem sabe tudo, mas quem está sempre pronto para aprender o que for preciso para encarar o próximo desafio. Abrace essa jornada e você estará preparado para o que quer que o futuro reserve.

Perguntas frequentes sobre competências profissionais

Navegar pelo universo das competências profissionais pode levantar muitas dúvidas, a gente sabe. Para amarrar tudo o que vimos até agora, criamos este guia rápido com as perguntas que mais recebemos.
O objetivo aqui é simples: esclarecer os pontos mais práticos e te ajudar a usar esse conhecimento de forma estratégica na sua carreira, seja para conquistar um estágio ou planejar seus próximos passos.
Vamos direto ao ponto!

Qual a diferença prática entre competência e habilidade?

Essa é clássica! Muita gente usa os dois termos como se fossem a mesma coisa, mas entender a diferença muda o jogo na hora de se apresentar.
Pense assim:
  • Habilidade é o "saber fazer" algo específico e técnico. Por exemplo, dominar uma ferramenta como o Photoshop é uma habilidade.
  • Competência é o "saber transformar em resultado". É pegar essa habilidade com o Photoshop e criar uma campanha de marketing que realmente aumenta as vendas de um cliente.
Em outras palavras, a competência é a aplicação inteligente de uma habilidade no mundo real. Ela une seu conhecimento técnico (hard skill) com atitude e comportamento (soft skills) para gerar algo de valor. Uma habilidade é a ferramenta; a competência é a obra-prima que você constrói com ela.

Como posso provar minhas soft skills numa entrevista?

Falar que você é "comunicativo" ou "proativo" não convence mais ninguém. O segredo é mostrar, não apenas falar. Para isso, você precisa transformar essas ideias vagas em histórias com resultados concretos.
A melhor técnica para isso é o método STAR.
Para usá-lo, é só seguir os passos:
  1. Situação: Comece descrevendo o contexto. Qual era o desafio que você ou sua equipe enfrentaram?
  1. Tarefa: Qual era sua responsabilidade específica dentro dessa situação? O que esperavam de você?
  1. Ação: Detalhe o que você fez. Quais passos você tomou que demonstram a soft skill que o recrutador quer ver?
  1. Resultado: Mostre o impacto das suas ações. O que aconteceu no final? Use números sempre que possível, como "reduzimos o tempo da tarefa em 20%" ou "resolvemos um conflito que estava paralisando o projeto".

Devo focar mais nas hard skills ou nas soft skills?

A resposta certa não é uma ou outra, mas sim o equilíbrio entre as duas. A melhor forma de visualizar isso é com o conceito do profissional "T-shaped" (em formato de T).
Pense na letra "T":
  • A barra vertical do "T" é a sua profundidade técnica (hard skills). É o quanto você domina sua área de especialização.
  • A barra horizontal representa sua amplitude (soft skills). É sua capacidade de colaborar, se comunicar e aplicar seu conhecimento técnico trabalhando com outras pessoas.
O caminho é simples: primeiro, garanta que suas hard skills atendem ao que o mercado da sua área exige. Sem a base técnica, você nem entra no jogo. Em paralelo, desenvolva as soft skills que vão fazer seu conhecimento brilhar. Sem elas, você fica estagnado e não avança na carreira.

Como descobrir as competências mais importantes para minha área?

Não espere um mapa pronto. Para direcionar seus estudos e seu desenvolvimento, você precisa se tornar um detetive de carreira. A boa notícia é que as pistas estão por toda parte.
Aqui vão algumas dicas de investigação:
  • Analise vagas de emprego: Mergulhe nas descrições de vagas para os cargos que você sonha em ter. Quais competências e ferramentas aparecem em quase todas? Anote esses padrões.
  • Siga os especialistas: Acompanhe no LinkedIn os profissionais e as empresas que são referência na sua área. Veja sobre o que eles falam, quais tecnologias discutem e que habilidades valorizam em seus posts.
  • Converse com pessoas: Nada supera uma boa conversa. Procure mentores ou profissionais que já trilharam o caminho que você quer seguir. Pergunte a eles quais competências profissionais foram um divisor de águas em suas carreiras.

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Saiba Mais

Escrito por

Diego Cidade
Diego Cidade

CEO da Academia do Universitário

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