Índice
- Compreendendo o papel do concedente de estágio
- A evolução da figura do concedente no Brasil
- Diferentes modalidades e responsabilidades
- Navegando pelas obrigações legais do concedente
- Principais pilares da Lei do Estágio
- Diferença crucial: estágio não é emprego
- Tabela: Obrigações legais do concedente vs. empregador comum
- Estratégias para atrair e selecionar estagiários talentosos
- Criando um processo seletivo que revela potencial
- A parceria estratégica com instituições de ensino
- Construindo programas de estágio que transformam vidas
- Desenhando trilhas de aprendizado personalizadas
- O poder do feedback e da gestão contínua
- Cronograma de gestão do programa de estágio
- Superando as disparidades regionais no mercado de estágios
- Estratégias para cada realidade regional
- O papel da tecnologia na democratização do acesso
- Como a tecnologia e a inovação apoiam a gestão de estágios
- Ferramentas que simplificam a complexidade
- O futuro da gestão de estágios já começou
- Implementando seu programa de estágio com sucesso
- Roteiro prático para a implementação
- Construindo uma cultura que apoia o estagiário

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Jun 20, 2025 08:09 AM
Compreendendo o papel do concedente de estágio
Assumir a posição de concedente de estágio vai muito além de apenas oferecer uma vaga na sua empresa. Pense nisso como ser o arquiteto de uma ponte que liga dois universos: o mundo acadêmico, cheio de teorias e ideias, e o mundo corporativo, com seus desafios e práticas do dia a dia. Sua missão é projetar, construir e garantir que essa ponte seja sólida e segura, permitindo que o estudante faça a travessia com sucesso, transformando conhecimento em experiência real.
Essa relação é uma parceria estratégica, não apenas um contrato temporário. Para o estudante, é a primeira grande oportunidade de mergulhar no mercado de trabalho. Para a empresa, é uma chance de ouro para formar futuros profissionais, trazer novas perspectivas para a equipe e descobrir talentos promissores no início de suas jornadas. O concedente de estágio, portanto, atua como um guia fundamental nessa experiência.
A evolução da figura do concedente no Brasil
No passado, o estágio era muitas vezes visto apenas como uma forma de conseguir mão de obra barata. Felizmente, a legislação e a própria dinâmica do mercado transformaram essa visão. Hoje, o papel do concedente de estágio é central para a formação profissional no Brasil. As empresas que realmente se destacam são aquelas que enxergam o estágio como um investimento em capital humano, criando programas bem estruturados que complementam de verdade o que o aluno aprende na faculdade.
Essa mudança é ainda mais importante quando olhamos os números. A experiência de estágio é uma etapa crucial na formação, mas o acesso ainda é restrito. Segundo a Associação Brasileira de Estágios (ABRES), em 2023, de quase 10 milhões de estudantes no ensino superior, apenas 836 mil (8,38%) tinham um estágio. No ensino médio e técnico, o número é ainda menor: 2,61%. Isso mostra que pouco mais de 1 milhão de jovens conseguem essa oportunidade no país, o que torna o papel de cada concedente ainda mais valioso. Para entender melhor este cenário, você pode explorar os dados completos sobre o panorama de estágios no Brasil.
Abaixo, a página da ABRES, a principal associação do setor, oferece uma visão sobre a importância dos programas de estágio.

A imagem reforça a missão da associação de promover o estágio como um ato educativo, o que destaca a responsabilidade do concedente.
Diferentes modalidades e responsabilidades
Para ser um concedente de estágio de sucesso, o primeiro passo é entender as duas modalidades principais e o que cada uma exige. Elas têm propósitos diferentes e, por isso, responsabilidades específicas.
- Estágio Obrigatório: Como o nome sugere, este tipo de estágio é um requisito do curso para que o aluno consiga o diploma. A carga horária e as atividades são definidas pela instituição de ensino. Aqui, a principal responsabilidade do concedente é oferecer um ambiente e tarefas que estejam alinhados com essas exigências, garantindo que o estudante cumpra os requisitos acadêmicos.
- Estágio Não Obrigatório: Esta modalidade é opcional e serve como uma atividade para o estudante ganhar mais experiência. O concedente tem mais liberdade para estruturar o programa, mas a responsabilidade de educar continua. Neste caso, é obrigatório oferecer uma bolsa-auxílio e auxílio-transporte. O foco deve ser criar uma experiência de aprendizado valiosa que justifique o tempo e a dedicação do estudante.
Não importa a modalidade, o papel do concedente é sempre o mesmo: garantir que o estágio seja um ato educativo supervisionado. Isso significa indicar um supervisor experiente, criar um plano de atividades claro e oferecer feedback constante, construindo uma base sólida para o futuro profissional do estagiário.
Navegando pelas obrigações legais do concedente
A Lei do Estágio (Nº 11.788/2008) pode parecer complexa à primeira vista, mas encará-la como um manual de boas práticas é a melhor abordagem para qualquer concedente de estágio. Ela não foi criada para gerar burocracia, mas sim para proteger todos os envolvidos — empresa, estudante e instituição de ensino — e garantir que o estágio cumpra seu propósito principal: o desenvolvimento educacional.
Pense nesta lei como as regras de um jogo colaborativo. Quando todos conhecem e seguem as regras, a partida flui de forma justa e produtiva. Ignorá-las, por outro lado, pode levar a penalidades que comprometem todo o programa. O ponto central é a distinção clara: estágio é um ato educativo, não um vínculo empregatício. Essa diferença fundamental molda todas as responsabilidades que a empresa deve seguir.
Para formalizar o estágio, alguns elementos são essenciais. Este infográfico ilustra os componentes de um acordo bem estruturado.

A imagem destaca que a base para uma relação transparente e bem-sucedida é uma documentação clara e profissional desde o início.
Principais pilares da Lei do Estágio
Para aplicar a lei de forma prática, podemos dividi-la em pilares fundamentais. Cada um representa uma responsabilidade direta do concedente, e a atenção a esses detalhes é o que diferencia um programa profissional de um amador.
- Termo de Compromisso de Estágio (TCE): Este é o contrato que oficializa a relação. Ele deve ser assinado pelo estagiário (ou seu representante legal), pela instituição de ensino e pela sua empresa. O TCE precisa detalhar o plano de atividades, a carga horária, o valor da bolsa-auxílio e a duração do contrato, que não pode passar de 2 anos na mesma empresa (exceto para estagiários com deficiência).
- Compatibilidade com o horário escolar: A jornada do estagiário não pode conflitar com suas aulas. A lei limita a carga horária a 6 horas diárias e 30 horas semanais. Em períodos de provas, essa jornada deve ser reduzida pela metade para não prejudicar o desempenho acadêmico.
- Supervisão obrigatória: Todo estagiário precisa de um supervisor direto na empresa. Este profissional, com formação ou experiência na área do estágio, é responsável por orientar e avaliar o estudante. A lei determina que um supervisor pode acompanhar no máximo 10 estagiários simultaneamente, garantindo um suporte de qualidade.
- Seguro contra acidentes pessoais: É obrigação do concedente contratar um seguro de vida e acidentes pessoais para o estagiário. A apólice deve ter cobertura compatível com os valores de mercado, protegendo o estudante contra qualquer incidente durante o período de estágio.
Diferença crucial: estágio não é emprego
O erro mais comum e perigoso é tratar o estágio como uma relação de emprego tradicional. Exigir que o estagiário cumpra metas de um funcionário regular, faça horas extras ou assuma responsabilidades que não contribuem para seu aprendizado descaracteriza o contrato.
Essa confusão pode levar ao reconhecimento de vínculo empregatício, o que obrigaria a empresa a pagar todos os direitos trabalhistas retroativos, como 13º salário, férias remuneradas acrescidas de 1/3, FGTS e aviso prévio. A própria legislação, disponível para consulta pública no portal do Planalto, estabelece esses limites.
Para deixar essas diferenças mais claras, preparamos uma tabela comparativa.
Tabela: Obrigações legais do concedente vs. empregador comum
Comparação detalhada entre as responsabilidades de um concedente de estágio e um empregador tradicional
Aspecto | Concedente de Estágio | Empregador Comum | Observações |
Vínculo | Educacional (sem vínculo empregatício) | Empregatício (regido pela CLT) | O estágio é focado no aprendizado; o emprego, na prestação de serviço. |
Remuneração | Bolsa-auxílio (obrigatória em estágio não obrigatório) | Salário (com piso definido por categoria) | Bolsa-auxílio não tem natureza salarial e não sofre encargos como INSS ou FGTS. |
Carga Horária | Máximo de 6h/dia e 30h/semana | Geralmente até 8h/dia e 44h/semana | A carga do estagiário deve ser compatível com os estudos. |
Férias | Recesso remunerado de 30 dias após 12 meses | Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário | O recesso do estagiário não inclui o adicional de 1/3. |
Benefícios | Seguro de acidentes pessoais e auxílio-transporte (obrigatórios) | 13º salário, FGTS, aviso prévio, INSS, férias + 1/3 | Os benefícios trabalhistas da CLT não se aplicam ao estágio. |
Rescisão | Sem aviso prévio, multas ou verbas rescisórias | Com aviso prévio e pagamento de verbas rescisórias (multa FGTS, etc.) | O contrato de estágio pode ser encerrado a qualquer momento por qualquer uma das partes. |
A tabela mostra que as obrigações do concedente, embora mais simples que as de um empregador CLT, exigem atenção aos detalhes para manter a natureza educativa do programa e evitar riscos legais.
Plataformas como a Academia do Universitário ajudam a simplificar essa jornada, automatizando a criação de contratos, o controle de relatórios e a gestão de documentos, garantindo que sua empresa permaneça em total conformidade. Ao dominar essas obrigações, o concedente não apenas evita problemas, mas também fortalece sua marca empregadora, mostrando um compromisso real com o desenvolvimento de novos talentos.
Estratégias para atrair e selecionar estagiários talentosos
Encontrar o estagiário certo é como descobrir uma peça-chave que se encaixa perfeitamente no quebra-cabeça da sua equipe. As habilidades técnicas são importantes, claro, mas a verdadeira sintonia acontece quando o perfil do candidato conversa com a cultura da empresa. Como concedente de estágio, sua estratégia de atração e seleção precisa ser mais do que apenas funcional; ela deve ser magnética para os jovens talentos mais promissores.
O primeiro aperto de mão com um futuro candidato é a descrição da vaga. Em vez de uma lista fria de tarefas, construa uma narrativa. Descreva os projetos reais que o estagiário irá tocar, os desafios que o farão crescer e, mais importante, o que ele aprenderá na prática. Para a nova geração de profissionais, o propósito e o desenvolvimento são moedas tão valiosas quanto a bolsa-auxílio. O mercado de estágios está aquecido: em 2024, o Brasil registrou um aumento de 37% no número de contratações, passando de 642 mil para 877 mil. Este dado, detalhado neste artigo sobre o crescimento do mercado de estágios, mostra que a competição por talentos está mais forte do que nunca.

Criando um processo seletivo que revela potencial
Com os candidatos na porta, o desafio é criar um processo seletivo que enxergue além do currículo. Muitos estudantes ainda não têm uma bagagem profissional extensa, então focar apenas em experiência prévia é um tiro no pé. É neste momento que a avaliação de competências comportamentais, as famosas soft skills, assume o protagonismo.
Veja o processo seletivo como uma via de mão dupla, onde ambos os lados se conhecem de verdade. Em vez de se limitar a uma única entrevista formal, crie uma jornada com diferentes paradas para que o candidato possa mostrar quem ele é.
- Desafios práticos: Apresente um pequeno estudo de caso ou um problema real do dia a dia da empresa. Isso mede o raciocínio lógico, a criatividade e a capacidade de resolver problemas de uma forma muito mais eficaz que perguntas teóricas.
- Dinâmicas em grupo: Observe como os candidatos interagem, defendem suas ideias e trabalham em equipe. Habilidades como colaboração, comunicação e liderança são essenciais em qualquer ambiente corporativo.
- Entrevistas comportamentais: Use perguntas situacionais, como "Conte sobre uma situação em que você precisou...", para entender como o candidato se comportou em experiências passadas, sejam elas acadêmicas ou pessoais. Isso revela traços como proatividade, resiliência e adaptabilidade.
A parceria estratégica com instituições de ensino
Por fim, uma das táticas mais poderosas e duradouras é construir um relacionamento próximo com universidades e faculdades. Essa aliança transforma seu recrutamento de uma caça esporádica por talentos em um fluxo contínuo de bons candidatos. Participe de feiras de carreira, ofereça palestras, workshops e mantenha os coordenadores de curso atualizados sobre suas vagas. Ao se tornar uma marca empregadora conhecida e respeitada no ambiente acadêmico, sua empresa vira a primeira escolha dos melhores alunos.
Plataformas como a Academia do Universitário atuam exatamente na construção dessas pontes, conectando o concedente de estágio a um ecossistema rico em talentos universitários e facilitando toda a jornada de atração e gestão.
Construindo programas de estágio que transformam vidas
Um programa de estágio excepcional não surge do nada. Pelo contrário, é fruto de um planejamento cuidadoso e execução consistente, muito como cuidar de um jardim. Como concedente de estágio, você não está apenas preenchendo uma vaga, mas sim preparando o terreno para que um novo talento possa florescer. O objetivo é criar uma experiência que acelere o desenvolvimento do estudante e, ao mesmo tempo, gere valor real para a sua empresa.
Um programa de sucesso vai muito além de delegar tarefas soltas. Ele é construído sobre uma estrutura clara que equilibra contribuições produtivas com aprendizado genuíno. A chave está em desenhar uma jornada de desenvolvimento que motive e desafie o estagiário na medida certa.
Desenhando trilhas de aprendizado personalizadas
O primeiro passo para criar uma experiência memorável é planejar a jornada do estagiário. Em vez de um roteiro rígido e genérico, o ideal é criar trilhas de aprendizado flexíveis, que possam se adaptar ao perfil do estudante e às necessidades do projeto. Isso não significa começar do zero para cada um, mas ter uma estrutura base com marcos bem definidos.
Pense nessa trilha como uma rota em um aplicativo de mapas. Existem paradas obrigatórias (as competências essenciais que precisam ser desenvolvidas), mas também há rotas alternativas e pontos de interesse que podem ser explorados conforme o progresso e o interesse do estagiário.
Para montar essa trilha, considere os seguintes pontos:
- Onboarding imersivo: A primeira semana é decisiva. Vá além da apresentação da equipe e do escritório. Inclua sessões sobre a cultura da empresa, os principais desafios do setor e uma visão clara de como o trabalho do estagiário se conecta aos objetivos maiores da organização.
- Projetos com começo, meio e fim: Entregue projetos específicos que o estagiário possa liderar ou nos quais possa ter uma contribuição relevante. Isso gera um sentimento de realização e propriedade, algo muito mais poderoso do que apenas executar tarefas fragmentadas.
- Rotação estratégica: Se for viável, permita que o estagiário passe por diferentes áreas dentro do mesmo departamento. Isso amplia sua visão sobre o negócio e o ajuda a identificar onde seus talentos e interesses se encaixam melhor.
O poder do feedback e da gestão contínua
Um plano bem desenhado só funciona com acompanhamento constante. Feedbacks anuais ou semestrais são insuficientes para guiar alguém que está dando os primeiros passos na carreira. A gestão de um estagiário exige uma comunicação mais frequente e direta, com foco em orientação e não apenas em avaliação.
Imagine o supervisor como um técnico esportivo. Ele não espera o final da temporada para corrigir a postura de um atleta; ele faz isso a cada treino. Da mesma forma, o feedback para o estagiário deve ser parte da rotina, por meio de conversas semanais rápidas e encontros mensais mais estruturados para revisar o progresso e ajustar metas.
Um cronograma bem definido ajuda a garantir que nenhuma etapa importante seja esquecida, mantendo a experiência organizada e profissional para todos os envolvidos. Para ajudar nesse planejamento, criamos uma tabela com um modelo de cronograma de gestão.
Cronograma de gestão do programa de estágio
Planejamento mensal das atividades essenciais para gestão eficaz de estagiários
Período | Atividades | Responsável | Documentação |
Mês 1 | Onboarding, definição do plano de atividades, treinamento inicial, primeira reunião de alinhamento. | Supervisor e RH | Termo de Compromisso, Plano de Atividades |
Mês 2 | Acompanhamento do primeiro projeto, feedback informal semanal, introdução a novas ferramentas. | Supervisor | Notas de Reunião |
Mês 3 | Primeira avaliação formal de desempenho, ajuste de metas para o próximo trimestre. | Supervisor e RH | Relatório de Avaliação Parcial |
Mês 4 | Envolvimento em um projeto mais complexo, mentoria com outro profissional da equipe. | Supervisor e Mentor | Atualização do Plano de Atividades |
Mês 5 | Preparação e entrega do relatório de atividades para a instituição de ensino. | Estagiário e Supervisor | Relatório de Atividades |
Mês 6 | Avaliação semestral completa, discussão sobre pontos fortes e áreas de desenvolvimento. | Supervisor e RH | Relatório Semestral de Desempenho |
Seguir uma estrutura como esta garante que o programa não apenas cumpra as obrigações legais, mas também se transforme em uma verdadeira incubadora de talentos, beneficiando tanto o estudante quanto a empresa.
Ao adotar uma estrutura organizada, o concedente de estágio garante que o programa seja uma via de mão dupla, onde a empresa ganha um colaborador engajado e o estudante recebe uma base sólida para sua carreira. Plataformas como a Academia do Universitário podem simplificar essa gestão, automatizando lembretes e centralizando documentos, permitindo que o supervisor foque no que realmente importa: o desenvolvimento humano e profissional do estagiário.
Superando as disparidades regionais no mercado de estágios
A realidade do mercado de estágios no Brasil não é a mesma para todo mundo. Imagine um mapa onde as oportunidades brilham intensamente em algumas regiões, enquanto outras ficam quase no escuro. Para um concedente de estágio, entender essa geografia de talentos é o primeiro passo para criar uma estratégia de recrutamento que realmente funcione, não importa onde a empresa esteja. Fatores como a economia, a concentração de universidades e a infraestrutura local criam um cenário de grandes contrastes.
Essa distribuição desigual não é apenas uma impressão, ela é comprovada por números. A região Sudeste, por exemplo, concentra cerca de 60% de todas as vagas de estágio do país, enquanto a região Norte responde por apenas 2,22%. Essa diferença não afeta só a localização, mas também as áreas de formação: cursos como Administração (16,8%) e Direito (7,3%) lideram a oferta, enquanto carreiras de tecnologia, mesmo sendo vitais, ainda buscam mais espaço. Para uma análise mais aprofundada, você pode conferir o relatório completo da ABRES. Esse cenário obriga cada concedente de estágio a pensar em táticas específicas para sua realidade.
Estratégias para cada realidade regional
Navegar por esse mapa de oportunidades pede abordagens diferentes. Uma empresa em São Paulo tem desafios distintos de uma em Manaus, e a estratégia para atrair talentos precisa refletir isso.
- Mercados Saturados (ex: Sudeste): Aqui, a competição pela atenção dos talentos é intensa. O segredo é se diferenciar. Em vez de focar apenas no valor da bolsa-auxílio, destaque a qualidade do seu programa de desenvolvimento, a cultura da empresa e a chance de participar de projetos importantes. Pequenas e médias empresas podem competir com gigantes ao oferecer uma experiência mais próxima e personalizada, com mentoria direta dos líderes e mais autonomia para o estagiário.
- Mercados em Desenvolvimento (ex: Nordeste e Centro-Oeste): Nestas regiões, a grande oportunidade é ser pioneiro. O primeiro passo é construir parcerias fortes com as universidades locais. Transforme sua empresa na principal referência como marca empregadora na região. Oferecer palestras, workshops e se envolver com a comunidade acadêmica pode criar um fluxo contínuo de talentos interessados em trabalhar com você.
- Mercados com Menor Oferta (ex: Norte): Nesses locais, a tecnologia é sua maior aliada. A falta de um grande polo educacional presencial pode ser resolvida com programas de estágio remotos ou híbridos. Essa abordagem torna o processo mais democrático e permite que sua empresa contrate os melhores talentos de qualquer lugar, quebrando as barreiras geográficas. O ponto principal é estruturar um programa remoto com comunicação clara, ferramentas certas e um acompanhamento próximo para garantir o aprendizado e o engajamento.
O papel da tecnologia na democratização do acesso
A tecnologia não serve apenas para conectar empresas a candidatos de longe; ela também ajuda a nivelar as oportunidades. Plataformas de gestão de estágio, como a Academia do Universitário, permitem que uma pequena empresa em uma cidade do interior ofereça uma experiência tão organizada quanto uma multinacional na capital. Ao automatizar a parte burocrática e facilitar o acompanhamento, essas ferramentas liberam o gestor para focar no que realmente importa: o desenvolvimento humano, que é o verdadeiro diferencial de qualquer programa, em qualquer lugar do Brasil.
Como a tecnologia e a inovação apoiam a gestão de estágios
A transformação digital mudou a forma como um concedente de estágio bem preparado gerencia seus programas. A imagem do gestor de RH perdido em pilhas de contratos e relatórios de papel está ficando para trás. Hoje, a tecnologia automatiza tarefas repetitivas e burocráticas, liberando tempo para o que realmente importa: a formação e o desenvolvimento de futuros profissionais.
Imagine a gestão de estágios como a manutenção de um motor complexo. Antes, cada peça precisava ser verificada manualmente, um processo lento e sujeito a erros. Atualmente, plataformas especializadas funcionam como um painel de controle central, que monitora tudo em tempo real — da assinatura de contratos ao envio de relatórios de atividades — garantindo que o motor funcione de maneira suave e eficiente.
Ferramentas que simplificam a complexidade
A gestão moderna de estágios conta com ferramentas que automatizam e integram processos. Essas soluções tecnológicas não apenas diminuem a carga administrativa, mas também fortalecem a conformidade legal e a qualidade do programa. A automação, por exemplo, cuida de tarefas como o controle de prazos de contratos e a gestão de seguros, o que minimiza riscos para o concedente.
Sistemas integrados, por sua vez, criam um ecossistema de comunicação fluida entre a empresa, o estagiário e a instituição de ensino. Essa conexão facilita o envio de documentos, a aprovação de relatórios e o acompanhamento do desempenho do estudante, assegurando que todas as partes estejam sempre alinhadas.
Para ilustrar o impacto dessas ferramentas, veja como elas atuam em cada etapa:
- Recrutamento: Plataformas usam filtros inteligentes para conectar a empresa aos perfis mais adequados, otimizando a fase de seleção.
- Gestão de Contratos: A geração e a assinatura digital de Termos de Compromisso de Estágio (TCEs) eliminam a burocracia e aceleram a contratação.
- Acompanhamento: Dashboards permitem que supervisores e o RH monitorem o progresso, as entregas e a frequência dos estagiários de forma centralizada.
- Desenvolvimento: Módulos de treinamento e avaliação de competências podem ser integrados, oferecendo trilhas de aprendizado personalizadas.
O futuro da gestão de estágios já começou
As inovações não param por aí. Novas tendências estão moldando a próxima geração de programas de estágio. Ferramentas de análise de dados, por exemplo, permitem que o concedente de estágio tome decisões mais estratégicas ao identificar padrões de desempenho, ajustar o programa para melhorar o engajamento e medir o retorno sobre o investimento de forma precisa.
Empresas que adotam essas tecnologias conseguem escalar seus programas sem perder a qualidade, oferecendo experiências de alto nível mesmo em modelos de estágio remoto. A tecnologia se torna a base que sustenta um programa de estágio ágil, eficiente e, acima de tudo, focado no desenvolvimento humano. Plataformas como a Academia do Universitário são um exemplo prático de como a tecnologia pode simplificar toda essa jornada, permitindo que a empresa foque em ser um verdadeiro agente de transformação na carreira dos jovens talentos.
Implementando seu programa de estágio com sucesso
Saber quais são as responsabilidades de um concedente de estágio é o primeiro passo. O próximo, e mais importante, é transformar esse conhecimento em um programa que realmente atraia e desenvolva talentos. A boa notícia é que você não precisa de uma mudança radical da noite para o dia. O segredo está em começar com um plano claro e passos bem definidos.
Imagine que você está construindo uma casa. Não se começa pelo telhado, certo? A base precisa ser sólida. Da mesma forma, um programa de estágio de sucesso começa com um projeto piloto bem pensado, talvez com um ou dois estagiários em um único departamento. Isso permite que sua empresa teste os processos, ajuste a dinâmica com os supervisores e colete feedbacks importantes sem sobrecarregar a equipe.
Roteiro prático para a implementação
Para tirar seu plano do papel, um roteiro organizado é fundamental. Começar de forma estruturada garante que o programa cresça de maneira saudável e se torne um verdadeiro diferencial para a empresa.
- Definição dos Pilares: Antes de mais nada, defina os objetivos. O que a empresa realmente espera alcançar? Desenvolver futuros líderes? Trazer novas ideias para projetos? Ou preencher lacunas de habilidades específicas? Ter essa clareza vai guiar todas as outras decisões.
- Checklist de Lançamento: Crie uma lista de tarefas para as primeiras contratações. Ela deve incluir desde a criação da descrição da vaga e o alinhamento com a instituição de ensino, até a elaboração do Termo de Compromisso de Estágio (TCE) e a preparação de um kit de boas-vindas para receber o novo talento.
- Métricas de Sucesso: O que não é medido não pode ser melhorado. Desde o início, acompanhe indicadores como a taxa de conversão de estagiários em funcionários, o nível de satisfação dos estudantes (que pode ser medido com pesquisas simples) e o impacto dos projetos que eles desenvolvem.
Construindo uma cultura que apoia o estagiário
Um programa de estágio não se resume a processos e documentos. Ele ganha vida em uma cultura que valoriza o aprendizado. Isso significa garantir que os supervisores sejam treinados para atuar como mentores, e não apenas como chefes. É preciso que toda a equipe entenda a importância de acolher e guiar esses novos talentos. A reputação de ser um excelente concedente de estágio é construída no dia a dia, em cada interação.
Transformar sua empresa em um lugar onde os melhores talentos querem estar é uma jornada. Para simplificar cada etapa, desde a atração de candidatos até a gestão completa do programa, a Academia do Universitário oferece as ferramentas e o conhecimento necessário para construir um programa de estágio que realmente faz a diferença.