Índice
- O motor estratégico do seu negócio
- Por que a gestão de talentos é crucial?
- Pilares essenciais da gestão de talentos
- As 5 fases do ciclo de vida de um talento
- 1. Planejamento e atração
- 2. Recrutamento e seleção
- 3. Integração e onboarding
- 4. Desenvolvimento e engajamento
- 5. Retenção e sucessão
- Como reter e desenvolver seus melhores profissionais
- Criando um roteiro claro para o crescimento
- O poder do feedback e do reconhecimento
- Equidade como pilar da retenção
- Medindo o sucesso da sua estratégia de talentos
- KPIs essenciais para sua gestão de talentos
- Métricas que revelam engajamento e satisfação
- Avaliando o impacto financeiro e o desenvolvimento
- Comparativo de métricas de gestão de talentos
- O papel da tecnologia na gestão de pessoas
- Automatizando processos e ganhando escala
- Da intuição aos dados com people analytics
- Personalizando a jornada do talento
- Perguntas frequentes sobre gestão de talentos
- Qual a principal diferença entre RH tradicional e gestão de talentos?
- Pequenas empresas podem aplicar a gestão de talentos?
- Qual o papel do líder direto no desenvolvimento da equipe?
- Como começar a construir um programa do zero?

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Jun 27, 2025 08:18 AM
A gestão de talentos vai muito além de uma simples tarefa administrativa do RH. Pense nela como uma estratégia viva e contínua para atrair, desenvolver, engajar e reter os profissionais certos – aqueles que realmente vão impulsionar o sucesso do negócio. É o verdadeiro motor que move a sua empresa, garantindo que você tenha as pessoas certas, nas posições certas, para alcançar até os objetivos mais ambiciosos.
O motor estratégico do seu negócio
Em um mercado cada vez mais competitivo, enxergar a gestão de talentos apenas como um processo para tapar buracos e preencher vagas é um erro estratégico gigantesco. Na realidade, estamos falando de um ciclo integrado que transforma o potencial humano em resultados que você pode ver no balanço final. Em vez de apenas contratar, essa abordagem foca em construir uma equipe de alta performance, totalmente alinhada com a cultura e os valores da sua organização.
O grande objetivo aqui é criar um ambiente onde as pessoas não só queiram trabalhar, mas se sintam genuinamente inspiradas a crescer e a dar o seu melhor. Isso exige um esforço coordenado para entender as aspirações de cada um e conectar esses sonhos com as necessidades da empresa. O resultado? Um ciclo virtuoso de motivação e produtividade que se retroalimenta.
Por que a gestão de talentos é crucial?
A importância dessa estratégia fica ainda mais evidente em cenários desafiadores. Um dos maiores obstáculos que as empresas enfrentam hoje é a dificuldade para encontrar profissionais qualificados. A escassez de talentos no Brasil, por exemplo, continua sendo um ponto crítico, com índices que chegaram a 81%. Isso mesmo: oito em cada dez empresas no país têm dificuldade para preencher suas vagas. Você pode ver mais detalhes nesta pesquisa do ManpowerGroup.
Uma gestão de talentos eficaz não apenas atrai os profissionais mais disputados do mercado, mas também cria as condições ideais para que eles permaneçam e prosperem dentro da sua organização, tornando-se uma vantagem competitiva poderosa.
Quando bem executada, essa gestão impacta diretamente a capacidade de uma empresa inovar, se adaptar e superar a concorrência. Ignorá-la, por outro lado, é uma receita quase certa para altas taxas de rotatividade, baixa produtividade e perda de oportunidades valiosas.
Pilares essenciais da gestão de talentos
Para que a gestão de talentos realmente funcione, ela precisa ser construída sobre pilares sólidos que se conectam e se reforçam. Cada um deles tem um papel fundamental no ciclo de vida do colaborador, desde o primeiro contato até o seu desenvolvimento como um futuro líder na empresa.
A tabela abaixo resume os componentes que formam um ciclo de gestão de talentos eficaz e seus principais objetivos.
Pilar Estratégico | Objetivo Principal | Impacto no Negócio |
Atração | Construir uma marca empregadora forte e atrair os candidatos certos. | Reduz o custo e o tempo de contratação, melhorando a qualidade dos candidatos. |
Desenvolvimento | Oferecer planos de carreira, treinamentos e oportunidades de crescimento. | Aumenta o engajamento, melhora as competências internas e prepara futuros líderes. |
Engajamento | Criar uma cultura de reconhecimento, feedback e bem-estar. | Melhora a produtividade, a colaboração e fortalece a cultura organizacional. |
Retenção | Implementar ações para manter os melhores profissionais na empresa. | Diminui a rotatividade (turnover), preserva o conhecimento institucional e garante a estabilidade. |
Esses pilares não funcionam de forma isolada. Uma atração bem-sucedida depende de uma cultura de desenvolvimento forte, que por sua vez alimenta o engajamento e facilita a retenção. É um sistema interligado, onde o sucesso de uma área potencializa todas as outras.
As 5 fases do ciclo de vida de um talento
A gestão de talentos é uma jornada, e não um evento único. Pense nela como um ciclo contínuo, onde cada etapa se apoia na anterior para transformar um candidato promissor em um futuro líder da sua empresa. Entender esse fluxo é o segredo para criar uma estratégia que realmente funciona.
É como construir uma casa. Você não começa a erguer paredes sem um plano. Primeiro, vem a planta (planejamento), depois a escolha dos melhores materiais (recrutamento), a montagem cuidadosa (integração), a manutenção para garantir que tudo funcione bem (desenvolvimento) e, por fim, o cuidado para que a estrutura continue forte e valorizada (retenção). O ciclo de vida de um talento segue uma lógica bem parecida.
1. Planejamento e atração
Tudo começa com uma pergunta essencial: "De quais habilidades e competências nossa empresa precisa para crescer nos próximos anos?". Esta é a base de toda a gestão de talentos. O foco aqui não é só preencher vagas, mas antecipar as necessidades do negócio.
Essa fase envolve mapear as competências, tanto técnicas quanto comportamentais, que vão sustentar o futuro da empresa. Com essa clareza, o próximo passo é construir uma marca empregadora magnética. Uma marca forte comunica o propósito, a cultura e as oportunidades que você oferece, atraindo naturalmente os profissionais que se conectam com seus valores. É a diferença entre correr atrás de candidatos e fazer com que os melhores queiram trabalhar com você.
2. Recrutamento e seleção
Com um bom planejamento e uma marca que atrai, a fase de recrutamento e seleção fica muito mais estratégica. Agora, o desafio é olhar além do currículo e identificar o potencial real de cada candidato.
Os processos seletivos modernos vão fundo para avaliar não só o que o profissional já fez, mas o que ele pode aprender e como ele se encaixaria na cultura do time.
Um processo de seleção de sucesso é aquele que equilibra a avaliação de competências atuais com a identificação do potencial de crescimento. A meta é encontrar pessoas que não apenas resolvam os problemas de hoje, mas que ajudem a construir as soluções de amanhã.
Para isso, vale usar estudos de caso, entrevistas focadas em comportamento e dinâmicas que simulam desafios reais. A tecnologia, como os sistemas de rastreamento de candidatos (ATS), ajuda a otimizar a triagem inicial, liberando o RH para focar no que realmente importa: a avaliação humana e aprofundada.
Este infográfico mostra como essas primeiras etapas se conectam perfeitamente.

A imagem deixa claro que a jornada do talento é um fluxo contínuo. Uma fase prepara o terreno para a próxima, garantindo uma transição suave e eficaz.
3. Integração e onboarding
A contratação não acaba quando o contrato é assinado. A verdade é que a fase de integração, ou onboarding, é um dos momentos mais decisivos para o sucesso e o engajamento de um novo colaborador a longo prazo. Um bom onboarding é muito mais do que entregar um crachá e um notebook.
O objetivo é mergulhar o novo talento na cultura, nos valores e na dinâmica da empresa desde o primeiro dia. O processo deve responder a estas perguntas para quem está chegando:
- Como as coisas funcionam por aqui? Apresentar processos, ferramentas e pessoas-chave.
- Qual é o meu papel no sucesso da empresa? Alinhar expectativas e metas iniciais com clareza.
- Com quem eu vou trabalhar? Promover a integração com a equipe e outros departamentos.
- O que a empresa espera de mim e o que posso esperar dela? Construir uma relação de confiança e transparência.
4. Desenvolvimento e engajamento
Depois de uma boa integração, a gestão de talentos entra em sua fase mais longa: o desenvolvimento e o engajamento. É aqui que a empresa mostra que está comprometida com o crescimento do colaborador, transformando o potencial que foi identificado lá atrás em desempenho de alto nível.
Isso acontece na prática com Planos de Desenvolvimento Individual (PDIs), programas de mentoria, treinamentos e, principalmente, desafios que estimulam o aprendizado real. Quando os profissionais enxergam um caminho claro para evoluir, o engajamento dispara. Eles se tornam mais produtivos, proativos e realmente vestem a camisa da empresa.
5. Retenção e sucessão
Por fim, a última fase do ciclo foca em manter seus melhores talentos e prepará-los para serem os próximos líderes. E reter não é só sobre oferecer bons salários. É sobre criar um ambiente onde as pessoas se sintam valorizadas, desafiadas e conectadas a um propósito maior.
Essa fase também inclui o planejamento de sucessão, um processo estratégico para identificar e desenvolver talentos internos que poderão ocupar posições de liderança no futuro. Ao fazer isso, a empresa garante sua própria sustentabilidade, preserva o conhecimento interno e mostra aos colaboradores que eles têm um futuro promissor ali dentro. Isso fecha o ciclo e, de quebra, fortalece a marca empregadora para atrair os próximos talentos.
Como reter e desenvolver seus melhores profissionais

Conseguir atrair um talento é só o começo do jogo. O verdadeiro desafio, aquele que separa as empresas medianas das excelentes, é manter essa pessoa engajada, motivada e, principalmente, crescendo junto com o negócio.
Muitas empresas ainda caem na armadilha de achar que um bom salário resolve tudo. Mas a verdade é que os melhores profissionais, especialmente os mais jovens, querem mais. Eles buscam um lugar onde possam realmente evoluir.
É por isso que retenção e desenvolvimento andam de mãos dadas. Uma empresa que não investe no crescimento do seu time está, na prática, dando um empurrãozinho para que eles procurem outras portas. As ações de desenvolvimento precisam ser intencionais, fazer parte da cultura, e não apenas treinamentos pontuais que ninguém sabe para onde levam.
Criando um roteiro claro para o crescimento
Uma das ferramentas mais poderosas para isso é o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). Mas cuidado: ele não pode ser só mais um formulário para preencher e esquecer na gaveta. Um PDI que funciona de verdade é um mapa colaborativo, construído a quatro mãos pelo líder e pelo liderado, que alinha os sonhos do profissional com as necessidades da empresa.
Pense no PDI como o GPS da carreira de alguém. Ele mostra onde a pessoa está, aonde ela quer chegar e traça a melhor rota. Um bom plano deve incluir:
- Objetivos claros: O que queremos alcançar a curto, médio e longo prazo? Ter metas definidas dá um senso de propósito.
- Diagnóstico sincero: Onde estão os gaps? Quais competências precisam ser afiadas?
- Plano de ação prático: Quais os próximos passos? Isso pode incluir treinamentos, mentorias, participação em projetos desafiadores ou até mesmo leituras específicas.
Um PDI bem-feito transforma a conversa vaga de "crescimento" em um plano de ação concreto. É a prova de que a empresa está, de fato, investindo no futuro daquela pessoa. E isso, meu amigo, é um dos maiores combustíveis para a lealdade.
O poder do feedback e do reconhecimento
Nenhum plano sobrevive sem uma cultura de feedback constante. A avaliação anual, sozinha, já morreu e foi enterrada. Os profissionais de hoje, principalmente a nova geração, esperam uma comunicação ágil, que ajude a calibrar a rota em tempo real.
Feedbacks construtivos, entregues com empatia e foco na solução, aceleram a curva de aprendizado e fortalecem a confiança. Quando você combina isso com reconhecimento, a mágica acontece. E reconhecer não é só sobre bônus. É sobre validar o esforço, celebrar uma vitória em público e dar visibilidade para um trabalho bem-feito.
Equidade como pilar da retenção
Ignorar a equidade é como construir um castelo na areia. Uma hora ou outra, tudo desmorona. Um ambiente onde as oportunidades e o reconhecimento não são distribuídos de forma justa cria desconfiança, desmotiva e destrói qualquer estratégia de gestão de talentos.
No Brasil, por exemplo, a alta rotatividade e as expectativas salariais tornam a retenção uma prioridade. Dados mostram que 83% dos trabalhadores esperam um aumento salarial. Ao mesmo tempo, o cenário revela uma desigualdade gritante: as mulheres ainda ganham, em média, 20% menos que os homens. Se quiser mergulhar nesses números, pode conferir as estatísticas completas de RH neste relatório da Sólides.
Para construir uma retenção que dure, as empresas precisam ir além do discurso. É preciso garantir que as práticas sejam justas de verdade. Programas de mentoria, por exemplo, são ótimos, mas só funcionam se forem acessíveis a todos, garantindo que o crescimento seja uma possibilidade real para cada talento, sem distinção de gênero, origem ou qualquer outro fator.
Medindo o sucesso da sua estratégia de talentos
Como diz o famoso ditado da gestão, "se você não pode medir, não pode melhorar". Uma estratégia de gestão de talentos sem métricas claras é como navegar sem uma bússola. Você pode até estar se movendo, mas sem saber se está na direção certa.
Para evitar esse risco, é fundamental ir além das métricas de vaidade, como o número de currículos recebidos. O foco deve ser em Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) que realmente mostram o impacto das suas ações. Esses dados transformam a percepção em fatos, permitindo que você tome decisões mais inteligentes, justifique investimentos e prove o valor do seu trabalho para a liderança.
KPIs essenciais para sua gestão de talentos
Acompanhar os indicadores certos funciona como um painel de controle para a saúde da sua organização. Cada métrica oferece uma pista valiosa sobre o que está funcionando e onde estão os gargalos do seu processo.
Abaixo, vamos explorar os KPIs mais importantes e o que eles realmente dizem sobre a sua estratégia.
1. Taxa de rotatividade (Turnover)
Este é um dos indicadores mais conhecidos, mas sua análise precisa ser profunda. A taxa de rotatividade mede a porcentagem de colaboradores que deixaram a empresa em um determinado período. Um turnover alto pode ser um sinal de alerta para problemas na cultura, na liderança ou na falta de oportunidades de crescimento.
Para calculá-la, a fórmula é simples:
(Número de colaboradores que saíram / Média de colaboradores no período) x 100
Uma análise ainda mais rica é segmentar essa taxa. Perder um talento de alta performance, por exemplo, é muito mais prejudicial do que a rotatividade geral.
2. Tempo para preencher vagas (Time to Fill)
Esse indicador mede o tempo que leva desde a abertura de uma vaga até o aceite da proposta pelo candidato ideal. Um tempo muito longo pode indicar um processo seletivo ineficiente, dificuldade em encontrar os profissionais certos ou uma marca empregadora que não está atraindo os candidatos que você precisa.
Acompanhar o tempo para preencher vagas não serve apenas para medir a agilidade do RH. Ele também impacta diretamente a produtividade das equipes, que podem ficar sobrecarregadas enquanto esperam um novo colega.
Métricas que revelam engajamento e satisfação
Além de medir saídas e contratações, é crucial entender como os seus talentos se sentem trabalhando na sua empresa. É aqui que entram os indicadores focados na experiência e no engajamento dos colaboradores.
- Taxa de retenção de talentos de alta performance: Esta é a outra face da moeda do turnover. Manter seus melhores profissionais é um dos maiores sinais de uma gestão de talentos bem-sucedida. Analisar quem fica é tão importante quanto analisar quem sai.
- Employee Net Promoter Score (eNPS): Inspirado no NPS usado para medir a satisfação de clientes, o eNPS mede o nível de lealdade dos colaboradores. Ele se baseia em uma única pergunta: "Em uma escala de 0 a 10, o quanto você recomendaria nossa empresa como um bom lugar para trabalhar?".
Avaliando o impacto financeiro e o desenvolvimento
Por fim, para conectar a gestão de talentos diretamente aos resultados do negócio, é preciso medir o retorno sobre os investimentos feitos em pessoas.
O ROI de treinamentos é um exemplo poderoso. Ele calcula o retorno financeiro que a empresa obteve a partir do investimento em um programa de capacitação. Embora a fórmula possa ser complexa, em essência, ela compara o ganho obtido com o custo do treinamento. Um ROI positivo mostra que o desenvolvimento dos seus talentos está gerando valor real para a organização.
A tabela abaixo resume e compara algumas dessas métricas cruciais, te ajudando a visualizar como elas se conectam.
Comparativo de métricas de gestão de talentos
Uma análise das principais métricas, o que elas medem e como podem ser aplicadas para otimizar a estratégia de RH.
Métrica (KPI) | O Que Mede | Por Que é Importante |
Taxa de Rotatividade | A frequência com que os funcionários deixam a empresa. | Indica problemas de retenção, cultura ou liderança. |
Tempo para Preencher Vaga | A agilidade do processo de recrutamento. | Impacta a produtividade das equipes e o custo da contratação. |
eNPS | O nível de satisfação e lealdade dos colaboradores. | Revela a saúde do ambiente de trabalho e o engajamento. |
ROI de Treinamento | O retorno financeiro dos investimentos em capacitação. | Justifica investimentos e comprova o valor estratégico do RH. |
Analisar esses indicadores de forma conjunta oferece um diagnóstico completo da sua estratégia. Eles permitem que você pare de adivinhar e comece a agir com base em dados concretos, otimizando o ciclo de vida dos seus talentos e garantindo que cada ação contribua para o sucesso do negócio.
O papel da tecnologia na gestão de pessoas

Em um mundo onde agilidade e dados inteligentes separam os vencedores dos demais, ignorar a tecnologia na gestão de talentos é como tentar navegar em mar aberto usando um mapa de papel. As ferramentas tecnológicas deixaram de ser um luxo para se tornarem aliadas essenciais do RH, automatizando o operacional e liberando a equipe para focar no que realmente importa: a estratégia e o fator humano.
Pense em toda a rotina que envolve a jornada de um colaborador. Da triagem de currículos ao controle de treinamentos e avaliações de desempenho, os processos manuais não são apenas lentos. Eles abrem portas para erros e vieses que podem custar muito caro para o negócio. É aí que a tecnologia entra: para otimizar, dar velocidade e precisão à gestão de pessoas.
A implementação de softwares especializados simplesmente transforma a forma como as empresas gerenciam seu capital humano. Eles criam um ecossistema integrado onde os dados são coletados, organizados e, o mais importante, analisados, fornecendo uma visão clara e completa sobre a força de trabalho.
Automatizando processos e ganhando escala
O primeiro grande impacto da tecnologia na gestão de talentos é, sem dúvida, a automação. Ferramentas como Sistemas de Gestão de Talentos (TMS) e Plataformas de Aprendizagem (LMS) foram criadas para assumir as tarefas repetitivas e burocráticas, permitindo que a equipe de RH use seu tempo em atividades de maior valor.
Um TMS, por exemplo, pode centralizar todo o processo de recrutamento, desde a divulgação da vaga até o onboarding do novo talento. Já um LMS organiza e distribui treinamentos, acompanha o progresso de cada um e emite os certificados. Isso não só economiza um tempo precioso, mas também garante que suas melhores práticas sejam aplicadas de forma consistente e em larga escala.
Graças à tecnologia, uma empresa consegue oferecer uma experiência de desenvolvimento padronizada e de alta qualidade para centenas de colaboradores ao mesmo tempo. Fazer isso manualmente seria simplesmente impossível.
Essa capacidade de escalar é crucial, ainda mais em um mercado tão competitivo. Para se ter uma ideia, cerca de 75% das empresas brasileiras relatam dificuldades para preencher vagas com profissionais qualificados. O dado mostra como é vital ter processos eficientes para desenvolver e preparar as equipes. Você pode se aprofundar nessas tendências de gestão para 2025 no portal PontoTel.
Da intuição aos dados com people analytics
Talvez a maior revolução que a tecnologia trouxe para a gestão de talentos seja o people analytics. O conceito é simples: usar dados e análises estatísticas para tomar decisões mais inteligentes sobre pessoas. Em vez de depender da intuição ou de "achismos", os gestores passam a ter insights concretos sobre suas equipes.
Com as ferramentas certas em mãos, o RH pode finalmente responder a perguntas críticas para o negócio:
- Quais são os verdadeiros motivos do turnover? A análise de dados pode expor padrões que ninguém via, como um líder específico com uma alta taxa de saídas em sua equipe.
- Quem são nossos talentos com maior potencial de liderança? Ao cruzar dados de desempenho, competências e engajamento, a tecnologia ajuda a identificar futuros líderes de forma objetiva e justa.
- Qual o real impacto dos nossos programas de treinamento? É possível medir o ROI dos investimentos em desenvolvimento, conectando a capacitação a melhorias reais de performance.
- Como está o engajamento das equipes? Ferramentas de pesquisa de pulso e análise de sentimento funcionam como um termômetro constante do clima organizacional.
Essa abordagem baseada em dados permite que o RH atue de forma muito mais proativa. Em vez de esperar um talento pedir as contas, a análise preditiva pode indicar o risco de saída, dando tempo para uma conversa e uma intervenção que pode reter essa pessoa.
Personalizando a jornada do talento
Por fim, a tecnologia abriu a porta para criar jornadas de desenvolvimento que são, de fato, personalizadas. Imagine poder oferecer a cada colaborador um plano de carreira único, com sugestões de cursos, projetos e mentorias baseadas em suas competências, interesses e aspirações.
As plataformas mais modernas usam algoritmos para mapear os gaps de habilidades de cada um e recomendar os recursos de aprendizagem exatos para preenchê-los. Isso torna o desenvolvimento muito mais relevante e eficaz, o que, por sua vez, aumenta o engajamento do colaborador, que vê um investimento real em seu futuro.
É essa personalização em escala que diferencia uma gestão de talentos comum de uma estratégia de ponta, transformando a tecnologia em uma peça-chave para construir equipes de alta performance, prontas para os desafios de hoje e de amanhã.
Perguntas frequentes sobre gestão de talentos
A gente sabe que mergulhar no universo da gestão de talentos pode levantar um monte de dúvidas, principalmente se você está começando a desenhar essa área na sua empresa. Para clarear o caminho, trouxemos respostas diretas e práticas para as perguntas que mais aparecem por aqui.
Estas questões são um ótimo ponto de partida para quem quer ir além da teoria e colocar em prática ações que realmente trazem resultado. Vamos lá?
Qual a principal diferença entre RH tradicional e gestão de talentos?
Muita gente ainda confunde os dois, mas a diferença é gigantesca e, principalmente, de mentalidade. Pense no RH tradicional como o guardião dos processos: ele é o responsável pela folha de pagamento, pela administração de benefícios e por garantir que a empresa esteja em dia com as leis trabalhistas. A função é, na maioria das vezes, administrativa e reativa.
Já a gestão de talentos joga em outra liga. É uma visão totalmente estratégica e proativa. Ela olha para os colaboradores como o coração do negócio, com o foco em conectar o potencial de cada um aos objetivos de longo prazo da empresa. É sobre desenvolver, engajar e preparar as pessoas para serem a força que impulsiona o crescimento.
Pequenas empresas podem aplicar a gestão de talentos?
Com toda a certeza! Existe um mito de que gestão de talentos é coisa de empresa gigante, com rios de dinheiro. Mas a verdade é que essa estratégia tem muito mais a ver com uma mentalidade voltada para pessoas do que com o tamanho do orçamento.
Pequenas e médias empresas não só podem, como devem, aplicar esses conceitos. O segredo é começar com o simples, mas que gera um impacto enorme. Por exemplo:
- Feedbacks constantes: Crie uma rotina de conversas abertas sobre desempenho e carreira. Não precisa ser nada formal.
- Planos de desenvolvimento simples: Ajude seu time a enxergar um caminho de crescimento, mesmo que os próximos passos sejam pequenos.
- Reconhecimento que vai além do dinheiro: Um elogio em público, dar mais autonomia em um projeto ou a chance de liderar uma pequena iniciativa motivam (e muito!).
- Oportunidades de aprender na prática: Desafie sua equipe com novas tarefas e incentive a busca por cursos e workshops.
Qual o papel do líder direto no desenvolvimento da equipe?
O líder direto é, sem a menor sombra de dúvida, a peça-chave em qualquer estratégia de gestão de talentos. O RH pode criar as melhores ferramentas e desenhar processos incríveis, mas é o líder quem faz a mágica acontecer no dia a dia.
Ele é a ponte entre a estratégia da empresa e a realidade do time. Suas principais missões são identificar o potencial em cada pessoa, dar feedbacks que realmente ajudem, delegar tarefas que estiquem as habilidades do time e, o mais importante, construir um ambiente de confiança. Sem um líder engajado, o melhor programa de talentos do mundo não passa de um monte de papel na gaveta.
Como começar a construir um programa do zero?
A ideia de criar um programa de gestão de talentos do zero pode assustar, mas não precisa ser assim. A melhor forma de começar é pequeno, focar no que é essencial e ir crescendo aos poucos.
Primeiro, pare e pense: quais competências são absolutamente cruciais para o futuro do meu negócio? Depois, olhe para dentro de casa. Faça um raio-x honesto dos talentos que você já tem para ver onde estão os maiores gaps. A partir daí, crie planos de desenvolvimento focados exatamente nesses pontos. O segredo é começar, medir os resultados e ir ajustando o curso no caminho.
A jornada para construir uma gestão de talentos de primeira começa com a atração das pessoas certas. A Academia do Universitário é especialista em conectar sua empresa com os melhores talentos da Geração Z, otimizando todo o ciclo do processo de estágio, desde o recrutamento até o desenvolvimento. Descubra como podemos transformar seu programa de estágio.