Índice
- Por que habilidades e competências definem seu sucesso
- Diferenciando hard skills de soft skills
- Comparativo Hard Skills vs Soft Skills
- O poder da combinação
- Como alinhar suas competências com a vaga desejada
- Decifrando a descrição da vaga
- Na prática: exemplos de habilidades por área de atuação
- Tecnologia da informação (TI)
- Marketing digital
- Saúde e finanças
- Onde e como apresentar suas competências no currículo
- Integrando competências em outras seções
- Perguntas frequentes sobre habilidades e competências
- Quantas habilidades devo colocar no currículo?
- Posso incluir competências de projetos pessoais ou hobbies?
- Como descrever uma habilidade que ainda estou desenvolvendo?

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Oct 1, 2025 08:01 AM
Colocar suas habilidades e competências em destaque no currículo é o primeiro passo para mostrar que você é a pessoa certa para a vaga. Pense assim: habilidades são as ferramentas que você sabe usar, como um software ou um idioma. Já as competências são o jeito que você usa essas ferramentas, como liderar um projeto ou resolver um problemão.
Por que habilidades e competências definem seu sucesso
Seu currículo é como um trailer do seu filme profissional. A seção de habilidades e competências é a parte com as cenas de ação, que prova que você não só tem o roteiro (sua formação), mas também sabe atuar de verdade.
Recrutadores, e principalmente os robôs de triagem (os famosos ATS), estão programados para buscar palavras-chave que batem com a descrição da vaga. Sem a combinação certa de habilidades técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills), seu currículo pode ir para a pilha do "não" antes mesmo de um ser humano botar os olhos nele.
Habilidades são o que você faz. Competências são como você faz. É a mistura das duas que mostra o valor real que você agrega a um time.
Vamos a uma analogia que todo mundo entende. Um chef de cozinha precisa de habilidades para manusear facas e operar equipamentos (as hard skills). Mas é a sua competência em criatividade, gestão do tempo sob pressão e trabalho em equipe (soft skills) que transforma ingredientes básicos num prato memorável.
No mundo corporativo, a lógica é a mesma:
- Habilidades (o quê): Permitem que você execute as tarefas do dia a dia.
- Competências (como): Garantem que você vai colaborar bem, trazer ideias novas e se encaixar na cultura da empresa.
Entender essa dinâmica é o que transforma seu currículo de uma simples lista de experiências em uma poderosa ferramenta de marketing pessoal.
Diferenciando hard skills de soft skills
Para montar um currículo que realmente chame a atenção, a gente precisa entender a diferença entre dois tipos de habilidades. Pense que você está construindo algo incrível: as hard skills são as ferramentas e os materiais. São as partes técnicas, concretas, que você pode provar que tem.
Estamos falando das suas competências técnicas, como a fluência em um idioma, um certificado em Excel avançado ou o domínio de uma linguagem de programação como Python. São aquelas habilidades que você aprende em cursos, faculdade ou treinamentos, e pode comprovar com um diploma ou um teste prático. Basicamente, é o "o quê" você sabe fazer.
Já as soft skills são a sua habilidade de usar essas ferramentas. É o seu jeito de trabalhar, de lidar com as pessoas e de resolver problemas. Pense em liderança, boa comunicação, adaptabilidade e pensamento criativo.
Essas competências são mais subjetivas, mais difíceis de colocar num papel, mas são elas que definem o "como" você trabalha. E o mercado está de olho nisso.
Hoje, os recrutadores não querem apenas alguém que saiba apertar os parafusos. Eles procuram profissionais que colaborem, tragam ideias novas e se encaixem bem na cultura da equipe, fortalecendo todo o time.
E não sou só eu que estou dizendo. Uma pesquisa recente da Infojobs mostrou que, para 77,2% dos profissionais de RH, hard e soft skills têm exatamente o mesmo peso. E o mais interessante: a capacidade de trabalhar em equipe é o fator decisivo para 37,1% deles na hora de contratar. Se quiser se aprofundar, dá uma olhada na matéria da RH Pra Você sobre as soft skills que encantam os recrutadores.
Esta imagem mostra bem essa ideia: as engrenagens do conhecimento técnico funcionando em harmonia com a engrenagem humana da comunicação.

A mensagem é clara: o profissional completo é aquele que equilibra o que sabe com a forma como aplica e compartilha esse saber.
Para deixar tudo ainda mais claro, preparei uma tabela comparativa. Ela ajuda a visualizar as principais diferenças e a entender onde cada habilidade se encaixa.
Comparativo Hard Skills vs Soft Skills
Uma comparação lado a lado para ilustrar as diferenças, características e exemplos de cada tipo de habilidade.
Característica | Hard Skills (Técnicas) | Soft Skills (Comportamentais) |
Natureza | Conhecimento técnico, específico e mensurável. | Traços de personalidade e hábitos interpessoais. |
Como se aprende | Cursos, treinamentos, livros e prática deliberada. | Experiência de vida, feedback e autoconhecimento. |
Como se comprova | Certificados, diplomas, portfólios, testes técnicos. | Entrevistas comportamentais, dinâmicas, referências. |
Exemplos | Programação, fluência em inglês, análise de dados, design gráfico. | Comunicação, liderança, trabalho em equipe, empatia. |
Espero que a tabela ajude a organizar as ideias. O segredo não é escolher um lado, mas sim entender como eles trabalham juntos.
O poder da combinação
A verdadeira mágica acontece quando as hard e as soft skills andam de mãos dadas.
Imagine um programador genial que domina várias linguagens (hard skill). Ele se torna um líder de projeto muito mais valioso se também tiver uma ótima comunicação para alinhar a equipe e souber dar feedbacks construtivos (soft skills).
O mesmo vale para um analista de marketing que é craque em ferramentas de dados (hard skill). Se ele usar a criatividade e a empatia (soft skills) para entender o que o cliente realmente precisa, seus resultados vão para outro nível. É essa sinergia que transforma um bom técnico em um profissional indispensável.
Como alinhar suas competências com a vaga desejada
Enviar o mesmo currículo genérico para todas as vagas que você encontra é como tentar abrir portas diferentes com a mesma chave. Na maioria das vezes, simplesmente não vai funcionar. A personalização é o segredo para mostrar que você não é apenas mais um candidato, mas sim a pessoa certa para aquela oportunidade específica.
Pense na descrição da vaga como um mapa do tesouro. O primeiro passo é investigar esse texto para encontrar as palavras-chave, ou seja, as habilidades e competências no currículo que o recrutador mais quer ver. São justamente elas que os softwares de triagem (ATS) e os próprios recrutadores procuram ativamente.

Decifrando a descrição da vaga
Pegue a descrição da vaga e separe as exigências em duas colunas: uma para habilidades técnicas (as hard skills) e outra para as competências comportamentais (soft skills). Fique de olho nos termos que se repetem e na linguagem que a empresa usa, pois isso entrega o que é realmente prioridade por lá.
- Requisitos Obrigatórios: Anote as ferramentas, softwares e conhecimentos que são indispensáveis para a função.
- Diferenciais e Desejáveis: Identifique aquelas competências que podem colocar você um passo à frente da concorrência.
- Descrição da Cultura: Procure por palavras como "colaboração", "proatividade" ou "inovação". Elas dão pistas sobre o perfil que a empresa busca.
Depois de mapear o que a empresa precisa, é hora de olhar para o seu próprio repertório e conectar seus pontos fortes a essas necessidades. Não basta só listar o que você sabe fazer; o segredo é mostrar como suas habilidades resolvem os problemas daquela empresa.
Alinhar seu currículo à vaga não é sobre inventar competências, mas sim sobre destacar de forma estratégica o que você já possui e que é mais relevante para aquela função. É um exercício de foco.
Vamos a um exemplo prático. Se a vaga pede "gestão de projetos", em vez de só escrever isso no currículo, mostre como você fez isso. Algo como: "Liderei um projeto na faculdade com uma equipe de 5 pessoas, entregando o resultado final duas semanas antes do prazo".
Viu a diferença? Isso transforma uma afirmação genérica em uma prova real da sua capacidade. Ao fazer essa conexão direta, seu currículo deixa de ser um simples documento e vira uma resposta convincente para o que o empregador precisa, aumentando – e muito – suas chances de avançar no processo seletivo.
Na prática: exemplos de habilidades por área de atuação

Agora que a teoria está clara, vamos ver como as habilidades e competências no currículo se encaixam em diferentes setores. Afinal, cada área tem seu próprio kit de ferramentas e comportamentos que fazem a diferença no dia a dia.
Olhar para exemplos concretos é o melhor jeito de você identificar e apresentar suas próprias qualidades de forma convincente. Lembre-se, o recrutador quer ver que você não só entende os conceitos, mas sabe como botar a mão na massa.
Tecnologia da informação (TI)
O mundo da TI é o exemplo perfeito de como habilidades técnicas e comportamentais precisam caminhar juntas. Não adianta ser um gênio do código se você não consegue colaborar com a equipe ou resolver um problema complexo que foge do script.
Uma análise de currículos no Brasil revelou um dado interessante: desenvolvedores costumam listar, em média, 8 habilidades, misturando linguagens de programação como PHP e JavaScript com competências como trabalho em equipe. Isso mostra a versatilidade que o mercado tanto busca. Para se aprofundar nessa dinâmica, vale conferir o estudo sobre as habilidades mais destacadas em currículos no Zety.
- Hard Skills: Cloud Computing (AWS, Azure), Segurança da Informação, Metodologias Ágeis (Scrum, Kanban) e Linguagens de Programação (Python, Java).
- Soft Skills: Resolução de problemas complexos, pensamento analítico e aprendizado contínuo.
Marketing digital
No marketing digital, criatividade e dados são duas faces da mesma moeda. O profissional da área precisa criar campanhas que cativem o público e, ao mesmo tempo, saber analisar cada métrica para otimizar os resultados.
Isso exige um perfil que sabe tanto contar uma boa história quanto interpretar uma planilha, se adaptando o tempo todo às mudanças de algoritmos e ao comportamento do consumidor.
Um profissional de marketing completo entende tanto da arte de contar histórias quanto da ciência por trás dos números. É a união da criatividade com a estratégia baseada em dados que gera resultados reais.
Habilidades essenciais para marketing:
- Hard Skills: SEO (Search Engine Optimization), Análise de Dados (Google Analytics), Automação de Marketing (HubSpot) e Gestão de Mídias Pagas (Google Ads).
- Soft Skills: Criatividade, comunicação persuasiva e adaptabilidade.
Saúde e finanças
Até mesmo em áreas mais tradicionais, como saúde e finanças, as soft skills estão ganhando um protagonismo enorme. Pense bem: um profissional de saúde precisa de empatia para acolher um paciente, e um analista financeiro precisa de clareza para explicar dados complexos para quem não é da área.
Saúde:
- Hard Skills: Gestão de Prontuários Eletrônicos, Telemedicina.
- Soft Skills: Comunicação empática, inteligência emocional.
Finanças:
- Hard Skills: Modelagem Financeira, Análise de Risco, Power BI.
- Soft Skills: Pensamento crítico, atenção aos detalhes.
Onde e como apresentar suas competências no currículo
Ter as competências certas é só o começo da história. A forma como você as apresenta no currículo é o que realmente faz um recrutador parar e prestar atenção. A verdade é que a disposição estratégica das habilidades e competências no currículo pode ser o fator decisivo para que suas qualificações mais importantes sejam notadas em segundos.
A abordagem mais comum, e que funciona bem, é criar uma seção dedicada só para isso. Chame de "Habilidades" ou "Competências" e liste seus pontos fortes usando bullet points. É um formato limpo, direto ao ponto, que facilita a vida de quem está lendo e quer identificar rapidamente o que você sabe fazer.
Integrando competências em outras seções
Mas não pare por aí. A grande sacada é espalhar suas competências por todo o documento. Isso cria uma narrativa coesa e muito mais convincente do que uma simples lista.
No resumo profissional
O topo do seu currículo é o seu outdoor. É a primeira coisa que olham. Use esse espaço nobre para destacar duas ou três das suas competências mais importantes e relevantes para a vaga. Pense nesse trecho como um trailer do seu filme profissional: ele precisa fisgar a atenção e mostrar o melhor que você tem a oferecer.
Nas descrições de experiência
Aqui é onde você prova o que diz. É a sua chance de mostrar que não apenas tem uma habilidade, mas que sabe usá-la para gerar resultados de verdade. Em vez de só listar tarefas, transforme suas experiências em conquistas que podem ser medidas.
O segredo é conectar cada habilidade a um resultado concreto. Sempre que puder, use números e métricas. Isso transforma uma afirmação genérica em uma prova de impacto real.
Por exemplo, em vez de escrever "liderança de equipe", experimente algo como: "Liderei um time de cinco pessoas em um projeto que aumentou a eficiência operacional em 15%". Essa pequena mudança mostra o valor que você agregou, dando muito mais peso e credibilidade às suas competências.
Com as tecnologias de recrutamento cada vez mais avançadas, é fundamental apresentar suas informações de um jeito que tanto as pessoas quanto os sistemas entendam o seu valor. É uma tendência clara, como mostram os dados sobre as principais HRtechs de recrutamento do Brasil.
Perguntas frequentes sobre habilidades e competências
Para fechar nosso guia com chave de ouro, vamos responder àquelas dúvidas que sempre pintam na hora de montar a seção de habilidades e competências no currículo. As respostas são diretas ao ponto, para você turbinar seu perfil sem medo de errar.
Quantas habilidades devo colocar no currículo?
Aqui, a regra é clara: qualidade vale muito mais que quantidade. O ideal é listar entre 5 a 10 habilidades que tenham tudo a ver com a vaga que você está de olho. Foque naquelas que você realmente domina e que conversam diretamente com o que a empresa procura.
Uma lista gigante pode parecer que você atira para todos os lados, diluindo o impacto do que você faz de melhor. Já uma lista muito curta pode passar a impressão de pouca experiência. Encontrar o equilíbrio é o segredo.
Posso incluir competências de projetos pessoais ou hobbies?
Com certeza! Se um hobby ou um projeto pessoal te ajudou a desenvolver uma competência que faz sentido para a vaga, ele tem mais é que aparecer no currículo. Por exemplo, se você organizou um evento para a sua comunidade, isso mostra liderança e capacidade de gestão de projetos.
Da mesma forma, quem tem um blog pessoal pode comprovar na prática que entende de SEO, criação de conteúdo e marketing digital. O importante é que a conexão entre o hobby e a habilidade profissional seja óbvia para o recrutador.
Habilidades que vêm de projetos pessoais mostram iniciativa e uma vontade genuína de aprender sempre. Pode apostar: os recrutadores adoram isso!
Como descrever uma habilidade que ainda estou desenvolvendo?
Seja honesto, mas de forma estratégica. Você pode listar a habilidade e indicar seu nível, como "Básico" ou "Intermediário". Outra saída é mencionar que está "em desenvolvimento" ou "cursando" algo na área.
Por exemplo: "Inglês (Intermediário)" ou "Linguagem Python (Cursando certificação)". Isso mostra que você não está parado e tem sede de conhecimento. No Brasil, embora habilidades como comunicação e trabalho em equipe sejam muito valorizadas, competências técnicas específicas chamam a atenção. Para se ter uma ideia, ferramentas como Microsoft Office e AutoCAD são citadas em 24% e 44% dos currículos, respectivamente. Para saber mais, confira as estatísticas de currículos do Jornal Contábil.
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