Índice
- 1. Rotatividade de Pessoal (Employee Turnover Rate)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- 2. Absenteísmo (Absenteeism Rate)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- 3. Tempo de Contratação (Time to Hire)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- 4. Índice de Engajamento (Employee Engagement Index)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- 5. Custo por Contratação (Cost per Hire)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- 6. Receita por Colaborador (Revenue per Employee)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- 7. Net Promoter Score de Funcionários (eNPS)
- Como Calcular e Aplicar
- Estratégias e Exemplos Práticos
- Comparativo dos 7 Principais Indicadores de RH
- Transformando Dados em Ação: O Próximo Passo na Sua Estratégia de RH
- Colocando a Teoria em Prática

Do not index
Do not index
Created time
Jul 22, 2025 07:48 AM
No cenário corporativo atual, a intuição já não é suficiente para gerir o ativo mais valioso de uma empresa: as pessoas. A ascensão do People Analytics transformou a área de Recursos Humanos, exigindo uma abordagem estratégica e fundamentada em dados concretos. Dominar os principais indicadores de RH não é mais um diferencial, mas uma necessidade para atrair, desenvolver e reter talentos, especialmente no dinâmico mercado de estágios, onde a competição por jovens da Geração Z é acirrada.
Empresas que utilizam métricas para guiar suas decisões conseguem não apenas otimizar processos, mas também criar um ambiente de trabalho mais engajador e produtivo, alinhado aos objetivos de negócio. A definição de métricas claras é fundamental, e a discussão sobre o papel dos KPIs na definição de sucesso em outros setores, como o educacional, reforça a universalidade desse princípio, que é diretamente aplicável à gestão de talentos. Uma estratégia baseada em dados permite que o RH deixe de ser um centro de custos para se tornar um parceiro estratégico, comprovando seu valor com resultados mensuráveis.
Neste guia completo, vamos detalhar 7 indicadores de RH essenciais, apresentando a definição, fórmula e aplicação prática de cada um. Você aprenderá como usar essas métricas para transformar sua gestão de estagiários e garantir resultados superiores.
1. Rotatividade de Pessoal (Employee Turnover Rate)
A rotatividade de pessoal, ou turnover, é um dos indicadores de RH mais cruciais para qualquer organização, pois mede diretamente a capacidade da empresa de reter seus talentos. Ele representa a taxa de funcionários que deixam a organização, voluntária ou involuntariamente, durante um período específico. Um índice de turnover elevado pode sinalizar problemas profundos, como insatisfação com a liderança, falta de oportunidades de crescimento, cultura organizacional tóxica ou remuneração desalinhada com o mercado.
Ignorar este indicador significa arriscar a perda de conhecimento institucional, custos elevados com novos processos seletivos e treinamento, além de um impacto negativo no clima e na produtividade das equipes que permanecem. Por isso, monitorá-lo é o primeiro passo para construir um ambiente de trabalho mais estável e atrativo.
Como Calcular e Aplicar
O cálculo da rotatividade é direto, mas sua análise deve ser profunda. A fórmula básica permite obter uma visão geral da saúde da retenção na empresa.
Fórmula: (Número total de desligamentos no período / Número médio de funcionários no mesmo período) x 100
Por exemplo, uma empresa que começou o ano com 100 funcionários e terminou com 110 teve uma média de 105 colaboradores. Se 12 pessoas saíram nesse período, seu turnover anual seria de (12 / 105) x 100 = 11,4%.
Para uma análise mais estratégica, é essencial segmentar o cálculo. Analise o turnover por:
- Departamento: Identifique áreas com problemas específicos de gestão ou sobrecarga.
- Tempo de casa: Uma alta rotatividade nos primeiros 90 dias aponta falhas no recrutamento ou onboarding.
- Performance: Verifique se a empresa está perdendo seus talentos de alto desempenho (turnover indesejado) ou funcionários com baixo rendimento.
Esta imagem resume os pontos essenciais do cálculo e objetivo do indicador de rotatividade de pessoal.
Manter a taxa dentro da faixa ideal, conforme benchmarks do setor, é um sinal de equilíbrio saudável entre a renovação de quadros e a estabilidade necessária para o crescimento sustentável.

Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas de referência utilizam a análise de turnover para tomar decisões estratégicas. O Magazine Luiza, por exemplo, reduziu sua rotatividade em 30% após implementar um plano de carreira mais claro e acessível. Já a Ambev vai além, usando análise preditiva para identificar funcionários com alto risco de saída e agir proativamente para retê-los. Ações como essas transformam um simples número em uma poderosa ferramenta de gestão de pessoas e otimização de recursos.
2. Absenteísmo (Absenteeism Rate)
O absenteísmo mede a frequência e a duração das ausências não planejadas dos colaboradores, incluindo faltas, atrasos e licenças médicas. Este é um dos indicadores de RH mais reveladores sobre a saúde organizacional e o bem-estar da equipe. Níveis elevados de ausência podem ser um sintoma de sobrecarga de trabalho, ambiente estressante, desengajamento ou problemas de saúde física e mental que afetam diretamente a produtividade e os custos operacionais.
Ignorar o absenteísmo é permitir que problemas silenciosos corroam a eficiência da empresa. O monitoramento contínuo ajuda a identificar padrões, prever picos de ausência e desenvolver ações preventivas, transformando um dado reativo em uma ferramenta estratégica para cuidar das pessoas e garantir a continuidade dos negócios.

Como Calcular e Aplicar
O cálculo do absenteísmo é simples, mas sua verdadeira força está na análise qualitativa dos dados. A fórmula fornece uma taxa percentual que quantifica o impacto das ausências.
Fórmula: (Total de horas ou dias de ausência no período / Total de horas ou dias de trabalho planejados no mesmo período) x 100
Por exemplo, se uma equipe de 10 pessoas deveria trabalhar 8 horas por dia durante 20 dias no mês (total de 1.600 horas planejadas), mas acumulou 80 horas de ausências, a taxa de absenteísmo seria de (80 / 1.600) x 100 = 5%.
Para uma gestão eficaz, a análise deve ser aprofundada:
- Categorize as ausências: Separe faltas justificadas, injustificadas, licenças médicas e atrasos para entender as causas principais.
- Analise por período: Identifique se há picos sazonais ou em dias específicos da semana (ex: segundas-feiras), o que pode indicar desmotivação.
- Correlacione com outros indicadores: Cruzes os dados de absenteísmo com os de clima organizacional e produtividade para obter um diagnóstico completo.
Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas líderes usam a análise de absenteísmo para criar ambientes mais saudáveis e produtivos. A Johnson & Johnson, por exemplo, conseguiu reduzir o absenteísmo em até 25% após implementar um programa de bem-estar abrangente, focado em saúde física e mental. Já a Vale utiliza análise de dados para prever picos de ausência em suas operações e ajustar escalas de trabalho de forma proativa, minimizando o impacto na produção. Ações como essas demonstram que gerenciar o absenteísmo é, fundamentalmente, uma estratégia de cuidado e eficiência.
3. Tempo de Contratação (Time to Hire)
O tempo de contratação, ou time to hire, é um dos indicadores de RH mais diretos para avaliar a agilidade e a eficiência do processo de recrutamento e seleção. Ele mede o período entre a abertura oficial de uma vaga e o aceite da proposta pelo candidato escolhido. Em um mercado de talentos cada vez mais competitivo, especialmente para posições estratégicas e estagiários promissores, um longo tempo de contratação pode significar a perda de candidatos qualificados para concorrentes mais rápidos.
Monitorar este indicador é vital para garantir que a empresa não apenas preencha suas posições, mas o faça de maneira otimizada, reduzindo custos operacionais e o impacto da ausência de um profissional na equipe. Um processo ágil reflete uma marca empregadora forte e organizada, capaz de tomar decisões de forma assertiva e valorizar o tempo dos candidatos.
Como Calcular e Aplicar
O cálculo do time to hire é simples, mas revela gargalos importantes que, se não tratados, podem comprometer a capacidade da empresa de atrair os melhores talentos.
Fórmula: Data de aceite da proposta - Data de abertura da vaga = Tempo de Contratação (em dias)
Para obter uma análise estratégica, calcule a média de tempo para diferentes tipos de vagas (operacionais, técnicas, liderança, estágio) e departamentos. Se o tempo médio para contratar um estagiário de tecnologia é de 60 dias, por exemplo, há uma grande chance de os melhores candidatos já terem aceitado outras propostas. A meta é identificar onde o processo está lento e por quê.
Para uma análise mais aprofundada, é fundamental:
- Mapear cada etapa: Cronometre o tempo gasto na triagem de currículos, entrevistas, testes técnicos e aprovações internas.
- Identificar gargalos: A demora está na agenda dos gestores? Na aplicação de testes? Na aprovação da oferta?
- Estabelecer SLAs: Defina prazos (Service Level Agreements) para cada fase do recrutamento, garantindo que todos os envolvidos estejam alinhados e comprometidos com a agilidade.
Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas de ponta usam a otimização do time to hire como uma vantagem competitiva. A Netflix, por exemplo, reestruturou seu processo para garantir decisões rápidas e poucas etapas, reduzindo o tempo médio de contratação para cerca de 15 dias em muitas áreas. Já o Nubank implementou inteligência artificial para a pré-seleção de candidatos, diminuindo o tempo gasto nessa fase inicial em 40%. A IBM, por sua vez, foca na criação de pipelines de talentos contínuos, o que diminui drasticamente o tempo necessário para preencher posições técnicas críticas, pois o recrutamento começa antes mesmo da vaga existir. Para entender melhor como as ferramentas de comunicação visual podem auxiliar no processo de aquisição de talentos, considere as dicas para otimizar o tempo e custo de contratação através da videoconferência.
4. Índice de Engajamento (Employee Engagement Index)
O índice de engajamento é um dos indicadores de RH mais estratégicos, pois vai além da simples satisfação e mede o nível de comprometimento, motivação e conexão emocional dos funcionários com a organização. Colaboradores engajados não apenas cumprem suas tarefas, eles se esforçam mais (esforço discricionário), defendem a empresa como um bom lugar para trabalhar e estão alinhados com seus objetivos e valores. Um baixo engajamento é um alerta precoce para problemas de produtividade, inovação e retenção de talentos.
Monitorar este indicador é fundamental para entender o que realmente motiva as equipes e construir uma cultura organizacional que inspire lealdade e alto desempenho. Ignorá-lo é como navegar sem bússola, sem saber se a força de trabalho está remando a favor ou contra a maré do crescimento da empresa.

Como Calcular e Aplicar
O cálculo do engajamento geralmente deriva de pesquisas, como as popularizadas pela Gallup Organization e Aon Hewitt. As perguntas avaliam dimensões como satisfação, orgulho, intenção de permanecer e defesa da marca empregadora.
Metodologia: As respostas são coletadas através de uma escala (ex: 1 a 5) e consolidadas em uma pontuação percentual. Questões-chave incluem: "Você recomendaria esta empresa como um ótimo lugar para trabalhar?" e "Você se vê trabalhando aqui daqui a dois anos?".
Uma análise eficaz exige segmentação e ação. Para aplicar este indicador de RH de forma estratégica:
- Combine dados: Junte as métricas quantitativas (pontuações) com feedback qualitativo (comentários abertos) para entender o "porquê" por trás dos números.
- Garanta anonimato: A confiança é crucial. Assegure que as respostas são confidenciais para obter dados honestos.
- Cruze com outros KPIs: Correlacione o engajamento com indicadores de produtividade, absenteísmo e turnover para validar seu impacto direto nos resultados do negócio.
- Frequência ideal: Realize as pesquisas de forma regular, mas sem causar fadiga. Uma cadência trimestral ou semestral é ideal para acompanhar a evolução e agir sobre os resultados.
Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas de classe mundial usam o engajamento como um motor de crescimento. A Salesforce mantém um índice de engajamento de 95% através de sua cultura V2MOM (Visão, Valores, Métodos, Obstáculos, Medidas) e canais de feedback contínuo. A Microsoft, por sua vez, transformou sua cultura sob a liderança de Satya Nadella, elevando o engajamento de 65% para 87% ao focar em colaboração e mentalidade de crescimento. Essas ações demonstram que investir em engajamento não é apenas "bom para o moral", mas uma estratégia de negócios comprovada para impulsionar a inovação e a lucratividade.
5. Custo por Contratação (Cost per Hire)
O Custo por Contratação é um dos indicadores de RH mais diretos para avaliar a eficiência financeira do processo de recrutamento e seleção. Ele mensura o investimento total realizado para preencher uma vaga, desde a divulgação até a efetivação do novo colaborador. Um custo por contratação elevado pode indicar processos ineficientes, dependência excessiva de canais caros ou uma marca empregadora fraca que exige mais esforço para atrair candidatos.
Ignorar este indicador é como gerenciar um projeto sem orçamento. A empresa pode estar gastando recursos valiosos em estratégias de recrutamento que não oferecem o melhor retorno sobre o investimento (ROI). Monitorá-lo permite ao RH justificar seus investimentos, otimizar a alocação de verbas e tomar decisões baseadas em dados para tornar o processo seletivo mais enxuto e eficaz.
Como Calcular e Aplicar
O cálculo do Custo por Contratação (CPH) soma todos os custos associados ao recrutamento e os divide pelo número de vagas preenchidas no mesmo período.
Fórmula: (Soma dos custos internos + Soma dos custos externos) / Número total de contratações no período
Os custos incluem despesas internas (salários da equipe de R&S, tempo dos gestores envolvidos) e externas (anúncios de vagas, taxas de agências, softwares de recrutamento, eventos). Por exemplo, se uma empresa gastou R 5.000**.
Para uma análise estratégica, vá além da média geral:
- Segmente por nível de cargo: Calcule o CPH para posições de estágio, analistas e liderança separadamente, pois os custos variam drasticamente.
- Analise por canal de aquisição: Compare o custo de candidatos vindos de indicações, LinkedIn, feiras de carreira ou headhunters.
- Cruze com a qualidade da contratação: Avalie se os canais mais baratos estão trazendo talentos que performam bem e permanecem na empresa, garantindo um equilíbrio entre custo e valor.
Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas líderes usam a análise do CPH para inovar e economizar. A Unilever, por exemplo, conseguiu reduzir seu custo por contratação em até 50% ao implementar gamificação e inteligência artificial nas fases iniciais do processo seletivo, automatizando a triagem e otimizando o tempo da equipe.
Outro caso é o da Stone, que fortaleceu seu programa de indicações internas. Ao incentivar os próprios colaboradores a recomendarem talentos, a empresa diminuiu a dependência de headhunters, que representam um custo significativamente maior. Essa abordagem não apenas reduz o CPH, mas também tende a trazer candidatos com maior alinhamento cultural, impactando positivamente outros indicadores de RH, como a rotatividade.
6. Receita por Colaborador (Revenue per Employee)
A receita por colaborador, ou revenue per employee, é um dos indicadores de RH mais diretos para avaliar a eficiência e a produtividade financeira da força de trabalho. Ele mede o quanto de receita cada funcionário gera para a empresa, servindo como um termômetro da eficiência operacional e do retorno sobre o investimento em capital humano. Um valor alto sugere que a organização está maximizando seu quadro de pessoal, seja por meio de processos otimizados, tecnologia avançada ou um modelo de negócio altamente escalável.
Ignorar este indicador pode levar a um quadro de pessoal inchado e pouco produtivo, onde os custos com salários e benefícios não se traduzem em crescimento de receita. Monitorá-lo permite ao RH e aos líderes de negócio alinhar a estratégia de gestão de pessoas com os objetivos financeiros da empresa, garantindo que cada contratação contribua efetivamente para o sucesso do negócio.
Como Calcular e Aplicar
O cálculo é simples, mas sua interpretação exige contexto e comparação. Ele revela a capacidade da empresa de transformar investimentos em pessoas em resultados financeiros concretos.
Fórmula: Receita total da empresa no período / Número médio de funcionários no mesmo período
Por exemplo, se uma empresa de software gerou uma receita de R 50.000.000 / 200 = R$ 250.000.
Para uma análise estratégica, é fundamental ir além do número absoluto:
- Comparação setorial: Compare o resultado com o de concorrentes diretos no mesmo setor. Empresas de tecnologia, como Google e Meta, consistentemente superam US$ 1 milhão por funcionário, enquanto setores de varejo podem ter números menores.
- Análise de tendências: Monitore a evolução do indicador ao longo do tempo. Um aumento constante sinaliza ganhos de eficiência e produtividade.
- Correlação com investimentos: Analise como investimentos em automação, treinamento e novas tecnologias impactam positivamente este indicador.
Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas de alta performance usam a receita por colaborador para guiar decisões estratégicas. A Apple, por exemplo, mantém um dos maiores valores do mundo (superando US$ 2 milhões por funcionário) graças ao seu modelo de negócio focado em produtos de alta margem e uma operação enxuta. No Brasil, o Magazine Luiza demonstrou um crescimento expressivo neste indicador ao investir massivamente em digitalização e otimização de suas operações, aumentando a eficiência de suas equipes de loja e logística. Essas ações mostram como a gestão estratégica de pessoas e a tecnologia podem potencializar drasticamente a geração de valor por cada membro da equipe.
7. Net Promoter Score de Funcionários (eNPS)
O Employee Net Promoter Score (eNPS) é um dos indicadores de RH mais eficazes para medir o nível de lealdade e satisfação dos colaboradores. Ele adapta a metodologia do NPS, originalmente usada para clientes, para o ambiente interno, avaliando a disposição dos funcionários em recomendar a empresa como um bom lugar para se trabalhar. Uma pontuação alta sugere um ambiente de trabalho saudável, onde os colaboradores são verdadeiros embaixadores da marca empregadora.
Ignorar o eNPS é deixar de ouvir a voz mais importante da organização: a de seus próprios funcionários. Uma pontuação baixa pode ser um alerta precoce para problemas de cultura, liderança ou engajamento, que, se não tratados, podem levar a um aumento da rotatividade e à queda de produtividade. Monitorar este indicador permite que o RH aja de forma proativa para construir um ambiente que não apenas retém, mas também atrai talentos.
Como Calcular e Aplicar
O cálculo do eNPS é simples e se baseia em uma única pergunta, o que facilita a adesão e a análise rápida. A pergunta-chave é: "Em uma escala de 0 a 10, o quanto você recomendaria nossa empresa como um lugar para trabalhar?".
Fórmula: % de Promotores - % de Detratores
As respostas são classificadas da seguinte forma:
- Promotores (Notas 9-10): Funcionários leais e entusiasmados.
- Neutros (Notas 7-8): Satisfeitos, mas não engajados a ponto de promover ativamente a empresa.
- Detratores (Notas 0-6): Insatisfeitos e com potencial para prejudicar a reputação da marca.
Se uma pesquisa com 200 funcionários resulta em 100 Promotores (50%), 70 Neutros (35%) e 30 Detratores (15%), o eNPS é 50% - 15% = +35. Qualquer pontuação acima de +30 já é considerada boa, enquanto pontuações acima de +50 são excelentes. Para uma análise mais profunda, combine a pergunta quantitativa com uma pergunta aberta, como "O que motivou sua nota?", para capturar insights qualitativos valiosos.
Estratégias e Exemplos Práticos
Empresas de classe mundial usam o eNPS para guiar suas estratégias de gestão de pessoas. A Salesforce, por exemplo, mantém um eNPS consistentemente acima de +70, reflexo de sua forte cultura de igualdade e inovação. A Netflix alcança um eNPS superior a +60 com sua política de transparência radical e foco em manter apenas os profissionais de alto desempenho.
No Brasil, empresas como Stone e Nubank atingem pontuações acima de +50, impulsionadas por uma cultura jovem, benefícios diferenciados e um forte senso de propósito. A chave do sucesso não está apenas em medir, mas em agir sobre o feedback. Segmentar os resultados por departamento, tempo de casa e cargo, e criar planos de ação rápidos para os pontos levantados pelos detratores, transforma o eNPS de uma simples métrica em um motor contínuo de melhoria organizacional.
Comparativo dos 7 Principais Indicadores de RH
Indicador | Complexidade de Implementação 🔄 | Recursos Requeridos 💡 | Resultados Esperados 📊 | Casos Ideais de Uso 💡 | Principais Vantagens ⭐ |
Rotatividade de Pessoal | Moderada: coleta e análise periódica | Sistemas de RH, dados demográficos | Indicador de retenção e benchmarking | Avaliar clima organizacional e turnover | Identifica problemas e facilita planejamento |
Absenteísmo | Moderada: acompanhamento contínuo | Ferramentas de monitoramento e relatórios | Indicador de saúde e engajamento | Gestão de saúde ocupacional e planejamento | Detecta afastamentos e custos operacionais |
Tempo de Contratação | Média-alta: controle das etapas RH | Sistemas de recrutamento e comunicação | Otimização do processo seletivo | Recrutamento eficiente e redução de perdas | Identifica gargalos e melhora experiência |
Índice de Engajamento | Alta: aplicação regular de pesquisas | Plataforma de pesquisa, análise de dados | Aumento de produtividade e retenção | Melhoria do ambiente e cultura organizacional | Prediz performance e melhora retenção |
Custo por Contratação | Moderada: levantamento detalhado | Controle financeiro e RH | Otimização do orçamento de recrutamento | Avaliação de eficiência e ROI em recrutamento | Justifica investimentos e reduz custos |
Receita por Funcionário | Baixa: cálculo simples | Dados financeiros e RH | Avaliação da produtividade organizacional | Análise de eficiência operacional | Facilita benchmarking e decisões estratégicas |
Net Promoter Score (eNPS) | Baixa: pesquisa rápida e simples | Ferramenta de pesquisa | Medição rápida de satisfação e lealdade | Avaliação da recomendação interna | Alta correlação com retenção e performance |
Transformando Dados em Ação: O Próximo Passo na Sua Estratégia de RH
Chegar ao final deste guia detalhado sobre indicadores de RH é, na verdade, apenas o ponto de partida. A análise de métricas como a taxa de rotatividade, o custo por contratação ou o eNPS não é o objetivo final, mas sim a ferramenta que ilumina o caminho para uma gestão de talentos mais estratégica, inteligente e humana. Cada número, gráfico e percentual que discutimos é um reflexo direto das experiências, motivações e desafios das pessoas que compõem sua organização.
O verdadeiro poder desses indicadores de RH reside na sua capacidade de transformar dados brutos em ações concretas e decisões bem-fundamentadas. Ao invés de operar com base em suposições, você passa a ter um diagnóstico preciso sobre a saúde da sua empresa. Uma alta taxa de rotatividade em programas de estágio, por exemplo, deixa de ser apenas um "problema" e se torna um ponto de partida para investigar a qualidade do onboarding, a eficácia da liderança ou o alinhamento de expectativas. Da mesma forma, um baixo índice de engajamento não é um veredito final, mas um convite para dialogar e cocriar um ambiente de trabalho mais motivador.
Colocando a Teoria em Prática
Para que essa transformação aconteça, a comunicação é a ponte entre os dados e a ação. Não basta a equipe de RH analisar os relatórios; os insights precisam ser compartilhados de forma clara e convincente com os gestores e a liderança. Para transformar dados em ações concretas, é fundamental que as equipes dominem as melhores técnicas de comunicação profissional, garantindo que as estratégias de RH sejam bem articuladas e implementadas.
Seu plano de ação pode seguir estes passos:
- Priorize com Inteligência: Não tente medir tudo de uma vez. Escolha de 2 a 3 indicadores que se conectem diretamente com os maiores desafios atuais da sua empresa. Se o crescimento acelerado é a meta, talvez o Tempo de Contratação e o Custo por Contratação sejam os mais urgentes. Se a moral da equipe parece baixa, comece pelo Índice de Engajamento e pelo eNPS.
- Estabeleça uma Rotina: Defina a frequência de medição (mensal, trimestral) e mantenha a consistência. A regularidade é o que permite identificar tendências, avaliar o impacto das suas iniciativas e corrigir o curso rapidamente.
- Aja sobre os Resultados: Use os dados para justificar investimentos, propor mudanças em processos e, principalmente, desenvolver programas de treinamento para líderes e equipes. Um indicador é inútil se não inspirar uma ação de melhoria.
Ao dominar a arte e a ciência por trás dos indicadores de RH, você eleva a função do seu departamento de um centro de custo administrativo para um parceiro estratégico essencial. Você passa a construir uma organização mais forte, resiliente e, acima de tudo, um lugar onde os talentos, especialmente os jovens como os estagiários, podem prosperar e contribuir para o sucesso coletivo.
Pronto para aplicar esses indicadores e revolucionar seu programa de estágio? A Academia do Universitário oferece a plataforma e a expertise para conectar sua empresa aos melhores talentos universitários, ajudando a gerenciar e otimizar todo o ciclo de vida do estagiário. Visite o site da Academia do Universitário e descubra como podemos ajudar a transformar seus dados em resultados extraordinários.