O que faz um jovem aprendiz e como funciona o programa

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Sep 5, 2025 07:39 AM
Imagine só: combinar os estudos com a sua primeira experiência profissional dentro de uma empresa. É exatamente essa a proposta do programa jovem aprendiz: um mix de atividades práticas que complementam a formação teórica, tudo isso com supervisão e direitos garantidos por lei.

O que realmente faz um jovem aprendiz no dia a dia

Pense no programa como uma ponte construída entre a sala de aula e o mercado de trabalho. Em vez de apenas ler sobre o ambiente corporativo em um livro, o jovem vai lá e vivencia a rotina na pele.
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As tarefas são desenhadas para ensinar. Por exemplo, ele pode aprender a organizar documentos, dar suporte para equipes administrativas, atender clientes ou até mesmo participar de processos produtivos mais simples. O objetivo nunca é só executar, mas sim entender o porquê de cada atividade.
Essa imersão é fundamental para desenvolver aquelas habilidades que não aparecem no currículo escolar, mas fazem toda a diferença. Na prática, o jovem aprende sobre:
  • Responsabilidade, ao ter que cumprir prazos e entregar tarefas.
  • Comunicação, ao interagir com colegas de diferentes idades e gestores.
  • Trabalho em equipe, quando precisa colaborar em projetos e alcançar um objetivo comum.
E o mais importante: tudo isso acontece dentro de um contrato formal, que garante um ambiente de aprendizado seguro e bem estruturado, protegendo o jovem e a empresa.
Para deixar tudo mais claro, preparamos uma tabela que resume as principais atividades e direitos envolvidos no programa.

Resumo das atividades e direitos do jovem aprendiz

Uma visão geral das responsabilidades, competências desenvolvidas e benefícios garantidos pelo programa.
Aspecto
Descrição
Atribuições Práticas
Tarefas administrativas, suporte a equipes, atendimento, organização de arquivos e participação em processos básicos.
Desenvolvimento
Aprendizado de habilidades como comunicação, responsabilidade, trabalho em equipe e ética profissional.
Formação Teórica
Participação em cursos de aprendizagem profissional para complementar a experiência prática na empresa.
Jornada de Trabalho
Carga horária reduzida, de 4 a 6 horas diárias, para não atrapalhar os estudos.
Direitos Garantidos
Contrato de trabalho especial, salário mínimo-hora, férias, 13º salário, vale-transporte e FGTS (2%).
Essa estrutura mostra como o programa é pensado para ser uma via de mão dupla, onde tanto o aprendiz quanto a empresa saem ganhando.

Como o programa jovem aprendiz transforma carreiras

Bem mais do que uma simples obrigação legal, o programa Jovem Aprendiz é, na prática, um poderoso motor de inclusão social e profissional para milhares de jovens. Ele nasceu com a Lei da Aprendizagem (nº 10.097/2000), que estabeleceu que empresas de médio e grande porte devem destinar uma fatia de suas vagas para jovens de 14 a 24 anos.
A ideia por trás da lei é genial e direta: unir o aprendizado teórico com a vivência prática do dia a dia de uma empresa. Assim, o jovem aprende uma profissão de verdade, sem precisar abandonar os estudos, criando um ciclo de desenvolvimento que beneficia todo mundo.
Esse modelo, que combina aulas teóricas em entidades formadoras e trabalho na empresa, cria um ambiente seguro e bem estruturado para o primeiro contato com o mundo corporativo. Na prática, o programa ajuda a combater a evasão escolar e abre as portas do mercado de trabalho formal, dando a primeira grande chance para muitos talentos.
O programa Jovem Aprendiz não ensina apenas uma função; ele ensina a ser profissional. É a primeira imersão em um ambiente de trabalho, onde se aprende sobre hierarquia, prazos, responsabilidade e, claro, a importância do trabalho em equipe.
O impacto dessa iniciativa se reflete nos números. Em um único trimestre recente, foram firmados mais de 127 mil novos contratos de aprendizagem, um salto de 20,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse dado mostra o quanto o programa é fundamental para qualificar a mão de obra e combater o desemprego juvenil. Você pode saber mais sobre o crescimento do programa e seu impacto social aqui.
Abaixo, a distribuição de novas admissões por setor mostra como o programa permeia diferentes áreas da economia.

Novos contratos de jovens aprendizes por setor

Setor
Número de contratos
Indústria
48.016
Serviços
42.029
Comércio
27.202
Agropecuária
9.923
Esses números deixam claro que a oportunidade de aprender uma profissão se estende por vários segmentos, da fábrica ao escritório.

Pilares do desenvolvimento do aprendiz

Para entender como essa transformação acontece na prática, é só olhar os pilares que sustentam a jornada do jovem. O programa foi desenhado para equilibrar de forma inteligente a teoria e a prática, garantindo uma base sólida para o futuro.
O infográfico abaixo ilustra bem essa estrutura, com dados sobre horas de treinamento e carga horária.
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Esses números mostram que tudo foi pensado para não sobrecarregar quem ainda está estudando. Ao mesmo tempo, a taxa de efetivação de 70% após o término do contrato prova o sucesso do programa como uma verdadeira porta de entrada para uma carreira. É justamente essa combinação de sala de aula com a "mão na massa" que torna a iniciativa tão poderosa na formação de futuros profissionais.

As principais atribuições e tarefas de um aprendiz

Para o aprendiz, cada tarefa funciona como um pequeno desafio educativo. Ele entra no ambiente com a curiosidade de quem quer entender cada passo, não apenas para cumprir ordens, mas para absorver conhecimento sob a supervisão de alguém experiente.
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Em um escritório, o jovem aprendiz não está ali só para arquivar papéis. Ele participa do fluxo completo: desde receber documentos até arquivar com critério, entendendo como isso melhora a agilidade da equipe. Suas atividades vão do preenchimento de planilhas ao suporte na recepção de e-mails, mostrando o valor de processos bem-definidos e uma comunicação eficiente.
Já em uma linha de produção, a rotina muda radicalmente. O aprendiz pode responder pela organização do estoque ou conferir padrões de qualidade em peças simples. Nesse cenário, a noção de rotina administrativa dá lugar a um aprendizado prático, onde disciplina, atenção aos detalhes e respeito às normas de segurança são fundamentais.

Atividades comuns em diferentes áreas

A flexibilidade do programa de aprendizagem permite tarefas customizadas de acordo com a área de atuação. Mas sempre respeitando a regra de manter atividades de baixa complexidade e alto potencial didático.
  • Setor administrativo: organização de arquivos físicos e digitais; atendimento a chamadas telefônicas; elaboração de relatórios básicos.
  • Varejo: apoio no atendimento ao cliente; reposição de mercadorias; checagem de validade de produtos; auxílio no controle de estoque.
  • Tecnologia da informação: suporte inicial a usuários; formatação de computadores; criação de manuais rápidos; registro de processos de sistemas.
Assim, o jovem aprendiz não apenas entende o que faz, mas como cada tarefa se conecta ao funcionamento da empresa. É um aprendizado em camadas, que vai do básico ao prático, revelando o impacto real daquele trabalho no dia a dia.
Cada tarefa, por mais simples que pareça, é um degrau na construção de disciplina, responsabilidade e senso de propósito profissional.
Ao longo desse percurso, as responsabilidades crescem de forma gradual. Dessa forma, o aprendiz ganha confiança e autonomia, ficando preparado para encarar desafios cada vez mais complexos no futuro.

As habilidades que você desenvolve como jovem aprendiz

A experiência como aprendiz vai muito além das tarefas do dia a dia. É um verdadeiro laboratório para desenvolver competências socioemocionais, as famosas soft skills, que hoje são o ouro do mercado de trabalho.
Pense numa situação real: você precisa negociar um prazo com a equipe, defender uma ideia de forma clara numa reunião ou tomar a frente para resolver um pepino que ninguém esperava. São esses desafios práticos que aceleram o amadurecimento profissional de verdade.
Enquanto a parte teórica do programa ensina o "o quê", a vivência na empresa mostra o "como". É na prática que se aprende o valor da pontualidade, da organização e, principalmente, do trabalho em equipe.

Além do currículo técnico

As competências que você ganha ali vão muito além da descrição da vaga. O jovem aprende a se adaptar a diferentes estilos de liderança, a receber feedbacks sem levar para o lado pessoal e a gerenciar o próprio tempo, equilibrando estudo e trabalho.
Essas habilidades são a base de qualquer profissional de sucesso. Algumas das mais importantes são:
  • Comunicação eficaz: Aprender a expressar ideias com clareza, ouvir de verdade e interagir com colegas e gestores de forma produtiva.
  • Inteligência emocional: Desenvolver a capacidade de lidar com as próprias emoções e entender as dos outros no ambiente de trabalho.
  • Proatividade: Tomar a iniciativa para identificar problemas e sugerir soluções, sem precisar que alguém mande.
  • Resolução de conflitos: Aprender a lidar com divergências de forma construtiva, buscando sempre o melhor resultado para o time.
O programa Jovem Aprendiz funciona como um catalisador de maturidade. Ele transforma um estudante curioso em um profissional preparado para os desafios reais do mercado, ensinando que a atitude certa é tão importante quanto o conhecimento técnico.
Portanto, quando alguém pergunta "o que faz um jovem aprendiz?", a resposta é bem mais ampla: ele desenvolve as habilidades que definem os profissionais do futuro.

Vantagens que vão além do contrato: Ganhos para empresas e aprendizes

Pense no programa Jovem Aprendiz não como um simples emprego, mas como uma parceria estratégica onde todo mundo sai ganhando. É uma via de mão dupla que acelera o início de uma carreira e, ao mesmo tempo, injeta sangue novo nas empresas.
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Para o jovem, essa é a grande porta de entrada para o mercado de trabalho formal. Com a carteira assinada desde o primeiro dia, ele não garante apenas um salário, mas também direitos essenciais como férias, 13º salário e FGTS. É a construção de uma base sólida para o futuro.
Além da segurança financeira, essa experiência é fundamental para montar um currículo competitivo. Mais do que isso, é a chance de começar a construir uma rede de contatos profissionais — o famoso networking — que pode abrir muitas portas lá na frente. É o momento de testar na prática e ver se a carreira escolhida faz sentido.

E para as empresas? O que elas ganham?

Do lado da empresa, os benefícios vão muito além de cumprir a lei ou receber incentivos fiscais. Contratar um aprendiz é, na verdade, um investimento direto na formação de talentos que já crescem alinhados à cultura e aos valores da organização.
Essa troca oxigena o ambiente de trabalho. Chega a energia, a curiosidade e as ideias frescas da geração Z. A presença dos aprendizes naturalmente cria um clima de mentoria e desenvolvimento, que acaba estimulando até os colaboradores mais experientes.
Contratar um jovem aprendiz é apostar no futuro da própria empresa. É a oportunidade de formar um profissional do zero, moldado aos seus processos, enquanto fortalece a imagem como uma marca empregadora que se importa com a sociedade.
E os benefícios práticos? São claros e fazem a diferença no dia a dia de qualquer negócio.
  • Inovação e novas perspectivas: Jovens trazem um olhar diferente para processos que, muitas vezes, já estão no piloto automático. Eles questionam o "porquê" das coisas e podem identificar jeitos mais fáceis e inteligentes de trabalhar.
  • Fortalecimento da marca empregadora: Uma empresa que investe na formação de jovens é bem-vista pelo mercado. Isso não só atrai mais talentos, mas também clientes e parceiros que valorizam essa postura de responsabilidade social.
  • Redução de custos com recrutamento: Formar um profissional dentro de casa costuma ser bem mais econômico do que buscar um especialista já pronto no mercado. Muitos aprendizes acabam sendo efetivados, o que garante a continuidade do talento.
  • Aumento do engajamento interno: A chance de mentorar um jovem talento pode ser um gás a mais na motivação dos colaboradores mais antigos. Desperta o senso de propósito e o orgulho de pertencer à equipe.
No fim das contas, o que faz um jovem aprendiz ser tão valioso é essa capacidade de criar um ciclo positivo. O aprendizado dele se transforma em crescimento e inovação para a empresa.

E na prática, o que um jovem aprendiz faz no dia a dia?

Para entender de vez o que faz um jovem aprendiz, nada melhor do que espiar a rotina dele em diferentes áreas. As tarefas mudam bastante de um setor para o outro, porque a ideia é sempre ensinar o que é mais importante para aquela profissão.
Pense em um aprendiz que trabalha no varejo, como um supermercado. A rotina dele pode incluir a organização dos produtos nas prateleiras, uma ajuda no controle de estoque para ver o que está faltando e até mesmo um primeiro contato com os clientes, indicando onde encontrar o que procuram. É a chance de aprender como um comércio funciona por dentro.

Aprendizado em escritórios e na área da saúde

Agora, vamos mudar o cenário para uma empresa de tecnologia. Aqui, o jogo é outro. O jovem aprendiz pode ajudar na formatação de computadores, criar pequenos tutoriais para os sistemas que a equipe usa ou organizar os equipamentos. É um aprendizado direto na veia da infraestrutura de TI.
Já em um hospital ou clínica, as responsabilidades são mais focadas na organização e no cuidado com as informações dos pacientes. As tarefas podem ser:
  • Agendamento de consultas: Ajudar a manter a agenda dos médicos e pacientes em ordem.
  • Organização de prontuários: Garantir que todos os documentos estejam atualizados e guardados no lugar certo.
  • Atendimento inicial na recepção: Orientar quem chega ao local, seja para uma consulta ou visita.
O mais interessante no programa de aprendizagem é justamente essa capacidade de se adaptar. Cada setor molda a experiência para que o jovem aprenda de forma prática, conectada com o mundo real daquela profissão.
Seja em uma indústria, dando suporte no controle de qualidade, ou em um escritório, mexendo com planilhas, o objetivo final é sempre o mesmo: transformar a teoria em prática e construir uma base sólida para a carreira que está só começando.

Perguntas frequentes sobre o jovem aprendiz

É natural que ainda existam algumas dúvidas. Sem problemas! Para facilitar, reunimos aqui as perguntas mais comuns que chegam até nós, esclarecendo de vez como o programa funciona na prática.

Quais os requisitos para ser um jovem aprendiz?

Para embarcar nessa jornada, o jovem precisa ter entre 14 e 24 anos. Outro ponto fundamental é estar matriculado e frequentando a escola, caso ainda não tenha concluído o Ensino Médio.
Vale lembrar que a idade máxima não se aplica a pessoas com deficiência. Para elas, não há limite de idade para participar, garantindo uma oportunidade inclusiva. O foco é sempre manter a educação formal como prioridade.

Qual a carga horária de trabalho?

A jornada é pensada para não atrapalhar os estudos. Por isso, a lei define um máximo de 6 horas diárias.
Essa carga pode ser estendida para 8 horas diárias, mas somente para quem já completou o Ensino Médio. Mesmo assim, há uma condição: as horas adicionais devem ser dedicadas à aprendizagem teórica, combinada com a prática.

Quais são os direitos garantidos?

Apesar de ser uma porta de entrada, o programa Jovem Aprendiz assegura direitos trabalhistas importantes. É um contrato sério e formal.
O que está garantido:
  • Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia.
  • Salário mínimo por hora ou condição mais favorável definida em acordo.
  • Férias (alinhadas com as férias escolares), 13º salário e vale-transporte.
  • Recolhimento do FGTS com uma alíquota reduzida de 2%.
O programa não para de crescer e isso mostra sua força. Recentemente, o Brasil bateu um recorde, com 8.170 novos contratos assinados em apenas um mês, elevando o total para mais de 664 mil aprendizes ativos no país.
Esse marco histórico só reforça o quanto a iniciativa é vital para a inclusão profissional dos jovens. Você pode conferir mais dados sobre a aprendizagem profissional no Brasil e ver o impacto real desses números.

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Saiba Mais

Escrito por

Diego Cidade
Diego Cidade

CEO da Academia do Universitário

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