tipos de contrato de trabalho: guia prático para escolher

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Oct 28, 2025 07:53 AM
Escolher o modelo de contratação correto é uma das decisões mais estratégicas para empresas e profissionais. No dinâmico mercado de trabalho brasileiro, compreender as nuances entre os diferentes tipos de contrato de trabalho é fundamental para garantir a segurança jurídica, alinhar expectativas e otimizar a gestão de talentos. A decisão impacta tudo, desde os custos operacionais e a flexibilidade da equipe até os direitos e deveres de cada parte envolvida. Uma escolha inadequada pode resultar em passivos trabalhistas, desalinhamento cultural e baixa produtividade.
Este guia completo foi criado para desmistificar o cenário contratual no Brasil. Ao longo deste artigo, detalharemos os principais modelos de contratação, abordando desde o tradicional contrato por tempo indeterminado até formatos mais flexíveis, como o trabalho temporário, o estágio e o contrato intermitente.
Para cada modalidade, você encontrará uma análise aprofundada sobre seus requisitos legais, vantagens, desvantagens e os cenários práticos em que se aplicam melhor. O objetivo é fornecer a clareza necessária para que gestores de RH, empreendedores e profissionais possam tomar decisões informadas, estratégicas e seguras, construindo relações de trabalho sólidas e em total conformidade com a legislação vigente.

1. Contrato por Prazo Indeterminado (CLT)

O contrato de trabalho por prazo indeterminado é o modelo mais comum e abrangente nas relações de emprego no Brasil, sendo considerado a regra geral pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Sua principal característica é a ausência de uma data de término pré-definida, o que proporciona maior segurança e estabilidade para o colaborador.
Este formato é o alicerce do mercado de trabalho formal, garantindo ao empregado acesso a um pacote completo de direitos trabalhistas e previdenciários. Entre eles, destacam-se o direito a férias remuneradas acrescidas de um terço, 13º salário, recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e, em caso de demissão sem justa causa, o aviso prévio e o seguro-desemprego.
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Quando e por que utilizar este modelo?

Este é um dos tipos de contrato de trabalho ideal para funções estratégicas e contínuas dentro de uma organização, que exigem um vínculo de longo prazo e um maior comprometimento do profissional. A estabilidade oferecida tende a aumentar o engajamento e a produtividade, além de reduzir a rotatividade de pessoal (turnover).
Exemplos práticos de aplicação:
  • Analistas financeiros em instituições bancárias.
  • Engenheiros civis em grandes construtoras.
  • Gerentes de operações em redes de varejo.
  • Professores em escolas e universidades particulares.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

Para garantir que a relação de trabalho comece de forma transparente e segura para ambas as partes, algumas práticas são fundamentais.
  • Para a empresa: Utilize o período de experiência, que pode ser de até 90 dias, como uma ferramenta estratégica para avaliar não apenas as competências técnicas, mas também o alinhamento cultural do novo colaborador com a empresa.
  • Para o profissional: Antes de assinar o contrato, negocie o pacote de benefícios. Itens como plano de saúde, vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche são diferenciais importantes que complementam o salário.
  • Para ambos: Documentem todas as etapas do processo de contratação, desde a carta de oferta até a assinatura final do contrato de trabalho, garantindo clareza sobre responsabilidades, remuneração e benefícios acordados. Para aprimorar seus processos, confira algumas ferramentas de recrutamento inovadoras.

2. Contrato por Tempo Determinado

Diferente do modelo por prazo indeterminado, o contrato de trabalho por tempo determinado possui uma data de início e de término previamente estabelecidas entre o empregador e o empregado. Este formato é uma exceção à regra geral da CLT, sendo permitido apenas em situações específicas, como em atividades empresariais de caráter transitório ou para a execução de serviços específicos.
Sua duração máxima é de dois anos, permitindo uma única prorrogação dentro desse período. Ao término do contrato, o colaborador tem direito a receber o saldo de salário, férias proporcionais acrescidas de um terço, 13º salário proporcional e o saque do FGTS, mas não tem direito ao aviso prévio nem à multa de 40% sobre o FGTS.
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Quando e por que utilizar este modelo?

Este é um dos tipos de contrato de trabalho mais indicados para atender a demandas sazonais, projetos com prazo definido ou substituição temporária de pessoal. É uma ferramenta flexível para empresas que precisam de mão de obra adicional por um período limitado, sem criar um vínculo empregatício de longo prazo.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Contratação de pesquisadores para um projeto acadêmico com duração específica.
  • Admissão de trabalhadores para a safra agrícola ou para o reforço de vendas no período do Natal.
  • Engenheiros contratados para supervisionar uma obra com cronograma definido.
  • Profissionais de marketing para a execução de uma campanha temporária.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

A clareza sobre os termos é crucial para o sucesso deste tipo de contrato, evitando mal-entendidos e futuras disputas trabalhistas.
  • Para a empresa: Descreva no contrato, de forma clara e detalhada, o projeto ou a justificativa para o prazo determinado. Isso fortalece a validade jurídica do acordo.
  • Para o profissional: Documente todo o trabalho realizado e as conquistas obtidas. Esse portfólio pode ser fundamental para futuras oportunidades, mesmo que o contrato atual não seja renovado.
  • Para ambos: Se houver interesse em continuar a colaboração, negociem os termos de uma possível renovação ou efetivação antes do término do contrato. Planejar a transição com antecedência garante um processo mais tranquilo.

3. Contrato Temporário

O contrato de trabalho temporário, regulamentado pela Lei nº 6.019/74, é uma modalidade utilizada para atender a uma necessidade transitória de substituição de pessoal permanente ou a uma demanda complementar de serviços. Diferente de outros tipos de contrato de trabalho, ele é celebrado por meio de uma empresa de trabalho temporário, que atua como intermediária entre o trabalhador e a empresa tomadora de serviços.
Sua principal característica é a curta duração, com um prazo máximo de 180 dias, consecutivos ou não, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, desde que a condição que o motivou se mantenha. Apesar de sua natureza transitória, o trabalhador temporário tem direitos assegurados, como remuneração equivalente à dos empregados da mesma categoria na empresa tomadora, jornada de 8 horas, férias proporcionais e recolhimento do FGTS.
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Quando e por que utilizar este modelo?

Este contrato é a solução ideal para empresas que enfrentam picos sazonais de produção, cobrem licenças de funcionários fixos (como licença-maternidade) ou precisam de mão de obra extra para eventos específicos. Ele oferece flexibilidade para a empresa ajustar sua força de trabalho rapidamente, sem os custos e as complexidades de uma contratação por prazo indeterminado.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Vendedores e estoquistas em lojas de varejo durante o Natal e a Black Friday.
  • Trabalhadores rurais contratados para o período de colheita.
  • Profissionais para cobrir férias ou licenças médicas em escritórios.
  • Operadores de produção em indústrias para atender a um aumento inesperado de pedidos.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

Para que a contratação temporária seja benéfica para todos, algumas práticas são essenciais.
  • Para a empresa: Certifique-se de que a agência de trabalho temporário contratada seja registrada no Ministério do Trabalho e Economia. Defina claramente no contrato de prestação de serviços o motivo justificador da demanda transitória para evitar passivos trabalhistas.
  • Para o profissional: Encare o trabalho temporário como uma porta de entrada. Muitas empresas utilizam essa modalidade para avaliar talentos e efetivá-los em vagas permanentes. Mantenha um bom relacionamento com a agência e com a empresa tomadora.
  • Para ambos: A comunicação é fundamental. A empresa tomadora deve fornecer um treinamento adequado e integrar o trabalhador temporário à equipe. O profissional, por sua vez, deve demonstrar proatividade e comprometimento durante todo o período do contrato.

4. Contrato Freelancer/Autônomo

O contrato de trabalho autônomo, ou freelancer, formaliza a prestação de serviços por um profissional independente, sem que haja a configuração de um vínculo empregatício. Com a ascensão da economia gig e das plataformas digitais, este modelo tornou-se uma opção cada vez mais comum para projetos específicos e atividades especializadas.
Diferente dos modelos CLT, o profissional autônomo possui autonomia na execução de suas tarefas, sem subordinação hierárquica, horários fixos ou exclusividade. A relação é puramente comercial, focada na entrega de um resultado ou serviço específico, o que confere grande flexibilidade tanto para a empresa contratante quanto para o prestador de serviço.

Quando e por que utilizar este modelo?

Este é um dos tipos de contrato de trabalho mais indicados para demandas pontuais, que não exigem a presença contínua de um colaborador na estrutura da empresa. É ideal para acessar talentos altamente especializados para projetos com início, meio e fim, sem os custos e as obrigações de uma contratação efetiva.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Desenvolvedores de software contratados para criar um aplicativo específico.
  • Designers gráficos para a criação da identidade visual de uma nova marca.
  • Consultores de marketing para desenvolver uma campanha sazonal.
  • Redatores e tradutores para projetos de conteúdo em portais e blogs.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

Para que a parceria seja bem-sucedida e segura juridicamente, clareza e formalização são essenciais.
  • Para a empresa: Elabore um contrato de prestação de serviços detalhado, especificando o escopo do projeto, prazos de entrega, forma de pagamento e cláusulas de confidencialidade. Evite dar ordens diretas ou controlar a jornada do profissional para não caracterizar vínculo empregatício.
  • Para o profissional: Antes de iniciar qualquer projeto, tenha um contrato claro. Defina suas taxas com base em pesquisa de mercado e na complexidade do trabalho. Mantenha um portfólio atualizado e utilize plataformas como Upwork, Fiverr ou 99Freelas para encontrar novas oportunidades.
  • Para ambos: Formalizem a relação por meio de um CNPJ (preferencialmente MEI, para o profissional) e emissão de notas fiscais. Isso garante a segurança fiscal da operação e transmite profissionalismo, construindo uma base de confiança para futuras colaborações.

5. Contrato de Trabalho em Regime de Tempo Parcial

O contrato de trabalho em regime de tempo parcial é uma modalidade regulamentada pela CLT que se caracteriza por uma jornada de trabalho reduzida em comparação à jornada integral de 44 horas semanais. Conforme a legislação, considera-se trabalho em tempo parcial aquele cuja duração não exceda 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas extras, ou 26 horas semanais, com a possibilidade de até 6 horas extras por semana.
Este formato oferece uma alternativa flexível tanto para empresas que não necessitam de um colaborador em tempo integral quanto para profissionais que buscam equilibrar a carreira com outros compromissos pessoais, como estudos, família ou projetos paralelos. Os direitos trabalhistas, como férias, 13º salário e FGTS, são garantidos de forma proporcional à jornada e ao salário do empregado.

Quando e por que utilizar este modelo?

Este é um dos tipos de contrato de trabalho mais indicados para funções que possuem picos de demanda específicos ou que podem ser executadas em menos tempo, otimizando os custos da empresa com a folha de pagamento. Para o profissional, é a oportunidade de manter um vínculo formal e todos os seus direitos, ao mesmo tempo que dispõe de mais tempo livre para outras atividades.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Atendentes de varejo em lojas de shopping durante o período letivo.
  • Profissionais de saúde em clínicas que operam com horários flexíveis.
  • Pais e mães que estão retornando ao mercado de trabalho e precisam de flexibilidade.
  • Trabalhadores mais experientes em processo de sem aposentadoria.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

A gestão do contrato de tempo parcial exige clareza e organização para evitar desentendimentos sobre jornada e remuneração.
  • Para a empresa: Defina com precisão a escala de trabalho no contrato, especificando dias e horários. Um controle de ponto rigoroso é essencial para registrar as horas trabalhadas e calcular corretamente o pagamento de horas extras, se aplicável.
  • Para o profissional: Esclareça todos os detalhes sobre a flexibilidade do horário e os requisitos de aviso prévio para mudanças na escala. Defina limites claros para evitar o trabalho não remunerado fora do horário acordado.
  • Para ambos: Documentem todas as horas trabalhadas com precisão. O ideal é que a remuneração e os benefícios sejam negociados com base na proporção das horas, garantindo que o valor por hora seja justo e competitivo com o mercado. Para entender melhor os direitos e deveres, aprofunde-se na legislação sobre o contrato parcial.

6. Contrato de Estágio

O contrato de estágio é uma modalidade de trabalho voltada para o desenvolvimento educacional e profissional de estudantes. Regulado pela Lei nº 11.788/2008, seu principal objetivo não é a produção, mas sim o aprendizado prático, funcionando como uma ponte entre a teoria acadêmica e a realidade do mercado de trabalho.
Diferente de outros tipos de contrato de trabalho, o estágio não cria vínculo empregatício. Isso significa que o estagiário não tem direito a benefícios como 13º salário, FGTS ou aviso prévio. No entanto, são garantidos direitos específicos como bolsa-auxílio (quando o estágio não é obrigatório), auxílio-transporte, recesso remunerado de 30 dias após um ano de estágio, e seguro contra acidentes pessoais. A carga horária é limitada, geralmente a 6 horas diárias e 30 horas semanais.

Quando e por que utilizar este modelo?

Este modelo é ideal para empresas que buscam desenvolver novos talentos e trazer novas perspectivas para o ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que oferecem uma oportunidade de formação prática para estudantes. É uma excelente maneira de identificar futuros profissionais para posições efetivas e contribuir para a qualificação da mão de obra.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Estudantes de engenharia atuando em projetos de grandes empresas de tecnologia.
  • Alunos de jornalismo cobrindo eventos para portais de notícias.
  • Futuros advogados auxiliando em pesquisas de jurisprudência em escritórios de advocacia.
  • Estudantes de marketing criando campanhas digitais para agências de publicidade.

Dicas práticas para empresas e estudantes

Para que a experiência de estágio seja produtiva e enriquecedora, ambas as partes devem estar alinhadas desde o início.
  • Para a empresa: Elabore um plano de atividades claro, designe um supervisor experiente para orientar o estagiário e ofereça feedbacks constantes. Isso garante que o objetivo pedagógico do contrato seja cumprido.
  • Para o estudante: Seja proativo e demonstre interesse em aprender. Documente todas as tarefas e projetos realizados para construir seu portfólio e aproveite para fazer networking com colegas e gestores.
  • Para ambos: Formalizem o Termo de Compromisso de Estágio (TCE) entre a empresa, o estudante e a instituição de ensino. Este documento é obrigatório e detalha todas as condições do estágio, como atividades, horários e remuneração. Para otimizar o processo, conheça as soluções da Agente Universitário para gestão de contratos.

7. Contrato On-Call (On-Call/As-Needed Contract)

O contrato on-call, também conhecido como "sobreaviso" ou "prontidão", é um arranjo de trabalho em que o profissional fica à disposição da empresa para atender a chamados fora do seu horário regular. A principal característica é a necessidade de estar disponível para trabalhar conforme a demanda, geralmente com pouco tempo de aviso prévio.
Embora não seja um modelo contratual autônomo na legislação brasileira como em outros países, a prática é comum e regulada pela CLT sob o regime de sobreaviso, principalmente para categorias específicas. O colaborador não está fisicamente no local de trabalho, mas deve permanecer alcançável para assumir suas funções a qualquer momento, o que garante flexibilidade para a empresa e uma compensação adicional para o profissional.

Quando e por que utilizar este modelo?

Este é um dos tipos de contrato de trabalho (ou regime, neste caso) ideal para setores que operam 24/7 ou que possuem demandas imprevisíveis e emergenciais. É a solução perfeita para garantir a continuidade de operações críticas sem a necessidade de manter uma equipe completa em tempo integral, otimizando custos com mão de obra.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Equipes de suporte de TI e manutenção de sistemas.
  • Médicos, enfermeiros e equipes de emergência em hospitais.
  • Técnicos de manutenção em indústrias e empresas de serviços essenciais.
  • Bombeiros e equipes de resgate.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

Para que o regime de sobreaviso funcione de maneira justa e legal, é crucial estabelecer regras claras desde o início.
  • Para a empresa: Defina claramente no contrato de trabalho ou em acordo coletivo as condições do regime de sobreaviso, incluindo a escala máxima permitida (24 horas, conforme CLT), o tempo de resposta esperado e o valor do adicional, que é de 1/3 da hora normal.
  • Para o profissional: Entenda que o tempo de sobreaviso não conta como hora extra, mas deve ser remunerado com o adicional específico. Documente todos os chamados e as horas efetivamente trabalhadas para garantir a remuneração correta.
  • Para ambos: Usem a tecnologia a favor. Ferramentas de gestão de escalas e comunicação instantânea ajudam a organizar os plantões e a registrar os acionamentos de forma precisa, evitando conflitos e garantindo o cumprimento das normas trabalhistas.

8. Contrato Zero-Hours (Contrato de Zero Horas)

O contrato de zero horas, ou "zero-hours contract", é um modelo de trabalho altamente flexível, mas ainda pouco comum e sem legislação específica no Brasil, sendo mais prevalente em países como o Reino Unido. Nele, o empregador não tem a obrigação de fornecer uma quantidade mínima de horas de trabalho, e o trabalhador não é obrigado a aceitar as horas que lhe são oferecidas.
Este tipo de arranjo significa que o profissional é remunerado apenas pelas horas efetivamente trabalhadas, o que resulta em uma grande variação de rendimentos. Embora ofereça máxima flexibilidade para ambas as partes, representa uma instabilidade significativa para o trabalhador, sendo uma característica marcante da chamada "gig economy" ou economia de bicos.

Quando e por que utilizar este modelo?

Este é um dos tipos de contrato de trabalho utilizado para demandas extremamente variáveis e imprevisíveis, onde a empresa precisa de mão de obra de forma esporádica e sem um cronograma fixo. É ideal para setores que operam com picos sazonais ou inesperados, nos quais manter uma equipe fixa seria financeiramente inviável.
Exemplos práticos de aplicação:
  • Motoristas de aplicativos de transporte e entrega, como Uber e iFood.
  • Trabalhadores de plataformas de tarefas, como TaskRabbit ou GetNinjas.
  • Profissionais de eventos, como garçons e seguranças contratados por diária.
  • Moderadores de conteúdo de redes sociais em regime de freelancer.

Dicas práticas para empregadores e profissionais

Dada a sua natureza atípica e a falta de garantias, a gestão e a participação neste modelo exigem uma abordagem estratégica e cuidadosa.
  • Para a empresa: Mantenha uma comunicação clara e transparente sobre a disponibilidade de trabalho. Crie um sistema de agendamento justo e eficiente para distribuir as horas, evitando favorecimentos e garantindo que os trabalhadores mais confiáveis sejam priorizados.
  • Para o profissional: Diversifique suas fontes de renda, trabalhando para múltiplas plataformas ou clientes para não depender de uma única fonte volátil. Mantenha um registro detalhado de todas as horas trabalhadas e dos ganhos obtidos para fins de planejamento financeiro e declaração de impostos.
  • Para ambos: Usem a tecnologia a seu favor. Aplicativos e plataformas de gestão de trabalho podem ajudar a organizar a oferta e a aceitação de tarefas, bem como a processar pagamentos de forma ágil e segura, formalizando a relação dentro dos limites do combinado.

Comparativo: 8 Tipos de Contrato de Trabalho

Tipo de Contrato
Complexidade de Implementação 🔄
Recursos / Exigências ⚡
Qualidade / Estabilidade ⭐
Casos Ideais 📊
Vantagem / Dica 💡
Contrato Permanente
Alta — procedimentos legais e aviso prévio
Elevados — benefícios, formação, compliance
⭐⭐⭐⭐⭐ — máxima estabilidade e proteção
Posições estratégicas e de longo prazo (gestão, saúde, educação)
Negocie pacote de benefícios e revise cláusulas de rescisão
Contrato por Tempo Determinado
Moderada — definir prazos e cláusulas de renovação
Médios — contrato claro, possível conversão
⭐⭐⭐ — estabilidade temporária
Projetos específicos, safras, pesquisas
Defina marcos/entregáveis e negociar renovação antecipada
Contrato Temporário
Baixa — contratação rápida via agências
Baixos — pouca ou nenhuma obrigação de benefícios
⭐⭐ — curto prazo, pouca proteção
Picos sazonais, substituições curtas
Use como avaliação para vaga permanente; registre realizações
Freelancer / Autônomo
Moderada — contratos por projeto e tributação
Variável — baixa para contratante, alta para trabalhador (admin)
⭐⭐⭐⭐ — alta qualidade quando especializado
Trabalho por projeto, consultoria, talentos remotos
Estabeleça termos claros, portfólio forte e fundo de emergência
Contrato Part-Time
Baixa — ajustes de jornada e prorrata de benefícios
Médios — horas reduzidas, benefícios proporcionais
⭐⭐⭐ — equilíbrio entre segurança e flexibilidade
Estudantes, cuidadores, semiaposentados
Negocie horas e benefícios prorrateados; documente horários
Contrato de Estágio
Baixa — acordo educacional e supervisão
Baixos — mentoramento exigido, possível crédito acadêmico
⭐⭐ — foco em aprendizagem, não produtividade plena
Formação prática, pipeline de talentos
Peça objetivos de aprendizagem e documentação de projetos
Contrato On-Call
Moderada — acordos de disponibilidade e resposta
Baixos a médios — possível taxa de standby
⭐⭐ — disponível quando necessário, renda variável
Saúde, emergências, suporte técnico
Negocie pagamento de standby e limites de disponibilidade
Contrato Zero-Hours
Baixa operacional, alta controvérsia legal 🔄
Mínimos — pagamento por hora apenas
⭐ — máxima flexibilidade, mínima segurança
Trabalho casual, plataformas de gig economy
Diversifique rendas, registre ganhos e poupe reserva financeira
Ao explorarmos o diversificado cenário das relações de trabalho no Brasil, fica claro que a escolha do contrato ideal é uma decisão estratégica fundamental, tanto para empresas quanto para profissionais. A jornada através dos tipos de contrato de trabalho revela que não existe uma fórmula única, mas sim um leque de opções desenhadas para atender a necessidades, projetos e momentos de carreira distintos. Compreender as nuances entre um contrato por prazo indeterminado, um temporário ou um de estágio não é apenas uma formalidade legal; é a base para construir relações de trabalho transparentes, produtivas e seguras.
Para as organizações, especialmente startups e PMEs, a maestria sobre essas modalidades significa agilidade operacional e otimização de recursos. A capacidade de contratar um freelancer para um projeto específico, um estagiário para injetar novas ideias na equipe ou um profissional em regime intermitente para cobrir picos de demanda é um diferencial competitivo poderoso. A escolha correta alinha a estrutura de custos à realidade do negócio, garantindo conformidade legal e evitando passivos trabalhistas que podem comprometer o crescimento.
Para os profissionais, desde estudantes em início de carreira até especialistas consolidados, esse conhecimento se traduz em poder de decisão. Saber os prós e contras de um contrato de tempo parcial versus um autônomo permite buscar oportunidades que se alinhem com seus objetivos pessoais, seja priorizando a flexibilidade, a estabilidade ou o desenvolvimento de novas competências.

Principais Ações para o Futuro

A informação é o primeiro passo. Agora, é hora de transformar o conhecimento adquirido em ações estratégicas. Considere os seguintes passos práticos:
  • Auditoria Interna: Empresas devem revisar seus modelos de contratação atuais. Estão utilizando a modalidade mais eficiente para cada função? Existe oportunidade para otimizar a força de trabalho com contratos mais flexíveis?
  • Planejamento de Carreira: Profissionais devem mapear seus objetivos de curto e longo prazo. O tipo de contrato atual está alinhado com suas aspirações? Qual modalidade contratual ofereceria o melhor caminho para o próximo passo na sua carreira?
  • Consulta Especializada: A legislação trabalhista é complexa e está em constante evolução. Independentemente do seu lado da mesa, nunca hesite em buscar orientação de um advogado especializado ou de um profissional de RH para validar suas decisões e garantir que todos os acordos estejam em plena conformidade com a lei.
Dominar os tipos de contrato de trabalho é, em essência, dominar uma linguagem crucial do mercado. É a ferramenta que permite que empresas construam equipes dinâmicas e resilientes e que profissionais arquitetem uma carreira sólida e gratificante. Ao tomar decisões informadas, você garante não apenas a segurança jurídica, mas também estabelece as bases para um crescimento sustentável e uma trajetória de sucesso.
Para estudantes universitários prontos para dar o primeiro passo no mercado de trabalho e entender na prática como funciona o contrato de estágio, a Academia do Universitario oferece a ponte ideal. Conectamos jovens talentos às melhores oportunidades de estágio em empresas inovadoras de todo o Brasil. Explore nossas vagas e comece a construir sua carreira hoje mesmo visitando a Academia do Universitario.

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Saiba Mais

Escrito por

Diego Cidade
Diego Cidade

CEO da Academia do Universitário

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